O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou o primeiro caso de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em uma granja comercial no Brasil. A detecção ocorreu em um matrizeiro localizado em Montenegro, Rio Grande do Sul, que produz ovos férteis para incubação. Até então, o Brasil havia registrado casos apenas em aves silvestres, nunca em sistemas avícolas comerciais.
A gripe aviária é causada por vírus da influenza aviária, que afetam principalmente aves, mas podem, em casos raros, infectar humanos. Esses vírus têm preferência por se ligar a açúcares específicos nas células das aves, conhecidos como ácidos siálicos. Em humanos, infecções são raras e ocorrem geralmente por contato direto com aves infectadas.
Sim, mas é incomum. Os casos registrados de transmissão para humanos ocorreram quase exclusivamente através do contato direto com aves infectadas. A transmissão aérea é possível, especialmente em ambientes com alta concentração de poeira e penas, como granjas.
Os grupos mais vulneráveis são:
Trabalhadores rurais que lidam com aves ou vacas;
Pessoas que mantêm aves em quintais domésticos.
As aves infectadas eliminam o vírus pela saliva, muco e fezes. O patógeno pode se tornar aerotransportado quando a cama e as penas são agitadas em galpões. Em vacas-leiteiras, o vírus pode ser encontrado em altas concentrações no leite cru.
Embora não haja confirmação de transmissão do vírus da gripe aviária por leite cru, estudos mostram que o leite não pasteurizado pode conter outros patógenos, como E. coli e salmonela. A pasteurização é uma medida eficaz para eliminar esses riscos.
Evitar o contato com aves doentes ou mortas;
Usar equipamentos de proteção (óculos, luvas, máscara N95, macacão e botas) ao lidar com aves;
Consumir apenas leite e ovos pasteurizados;
Cozinhar completamente carnes de aves.