A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e outras seis mulheres brasileiras fazem parte da Difusão Vermelha da Interpol, mecanismo que alerta sobre foragidos internacionais. A lista contém atualmente 72 cidadãos brasileiros procurados por crimes como homicídio, tráfico de drogas e fraudes. A inclusão de Zambelli ocorreu nesta quinta-feira (5), após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
A parlamentar foi condenada pelo STF a 10 anos de prisão por invasão de dispositivo eletrônico. A denúncia que fundamentou a condenação indica que Zambelli teria ordenado ao hacker Walter Delgatti a inclusão de um mandado de prisão falso contra o próprio ministro Moraes no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Na terça-feira (3), Zambelli anunciou sua saída do Brasil, afirmando estar nos Estados Unidos com planos de seguir para a Itália, onde possui cidadania.
Brasileiras na lista da Interpol 13333q
As outras seis mulheres brasileiras procuradas pela Interpol são:
- Thaynara Caroline Pereira dos Santos, nascida em 27 de julho de 1996. Ela é procurada pela polícia argentina por associação criminosa e fraudes com cartões de crédito e débito.
- Heloisa Gonçalves Duque Soares Ribeiro, conhecida como "Viúva Negra", nasceu em 13 de março de 1950 e é procurada por assassinato e tortura. O apelido surgiu após sua condenação pela morte de um de seus cinco companheiros.
- Maria Jussara da Conceição Ferreira Santos, nascida em 7 de fevereiro de 1973, entrou para a lista vermelha em 2018. Ela é considerada uma das criminosas mais procuradas do Brasil por integrar organização criminosa e por suspeita de envolvimento na morte de dois líderes do PCC.
- A gaúcha Marcia Liziane da Costa Vieira, de Santana do Livramento, nascida em 20 de setembro de 1985, também integra a lista. Ela é procurada internacionalmente por furtos.
- Rosirene Vieira, paranaense nascida em 28 de fevereiro de 1976, é procurada por tráfico internacional de drogas. A Interpol informa que ela tem 1,60m de altura e olhos castanhos.
- A sétima brasileira na relação é Silvana Seidler, gaúcha nascida em 13 de outubro de 1966, procurada por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. A Polícia Civil de Santa Catarina afirma que Silvana matou a própria filha de 7 anos, crime que causou grande comoção no Sul do estado. Ela está foragida desde 2015, quando o corpo da menina foi encontrado em uma caixa de papelão com sinais de esganadura. Silvana tem 1,65m de altura e olhos castanhos.
A Difusão Vermelha da Interpol funciona como um alerta internacional para localização e prisão provisória de pessoas procuradas, visando extradição. Os brasileiros na lista representam diferentes perfis criminais e são procurados por autoridades de diversos países.