DOENÇAS RESPIRATÓRIAS

Minas deve decretar situação de emergência após municípios registrarem aumento nos casos de SRAG

Segundo secretário de saúde, Fábio Bacheretti, medida visa facilitar a contratação e expansão de leitos

Por Raquel Penaforte
Atualizado em 02 de maio de 2025 | 14:28

O aumento nos casos de doenças respiratórias em Minas Gerais pode levar o governo do Estado a decretar situação de emergência na saúde. A informação foi dada pelo secretário de Saúde, Fábio Bacchereti, em coletiva para a imprensa na manhã desta quarta-feira (30). A medida vem depois que municípios da Região Metropolitana, como Betim e Contagem, anunciaram a situação. Belo Horizonte também deve decretar situação de emergência.

Atualização: o governo decretou emergência - confira AQUI

"Nós devemos decretar essa emergência para facilitar aos municípios e à própria Fhemig a contratação e expansão de leitos. É uma medida esperada em todos os anos e que não nos pega de surpresa", disse. Em 2025, o Estado teve 6.721 notificações de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) de pessoas que foram hospitalizadas. Dessas, 402 perderam a vida para a doença. Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), divulgados no SRAG.

O secretário disse que os municípios que decretaram a medida já estão sendo assistidos pelo governo, e os demais, que ainda não decretaram, também estão sendo orientados.

"Já temos prestado esse auxílio aos municípios, fornecendo insumos, berços, entre outros, para enfrentarem este momento. Estamos acompanhando a situação. Vale lembrar que a mais importante forma de prevenir esse tipo de doença é a vacinação", completou. A campanha de vacinação contra a gripe foi ampliada nesta quarta-feira (30) para toda a população.

A Verônica da Silva, mãe do Antony Joaquim, de 2 anos, está esperando o filho ficar 100% curado da gripe forte que o abateu para levá-lo para receber o imunizante contra a Influenza. “Ele tá melhorzinho, mas ficou ruim, com tosse, febre. Ainda bem que não teve nada no pulmão”, disse a mulher, que aguardava atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Venda Nova.

No mesmo local, Jaqueline Mota e o filho Henry, de 5 anos, aguardavam uma consulta. “Ele tá prostrado, deu febre e tá com o nariz escorrendo muito”, afirmou.

Ampliação de leitos pediátricos

Diante da sobrecarga nos atendimentos pediátricos, a prefeitura abriu 30 leitos de enfermaria infantil: 20 no Hospital Municipal Odilon Behrens e 10 no Hospital da Baleia. A demanda por internações pediátricas mais que dobrou em um mês.

Em 2025, já foram registrados mais de 1.100 pedidos de internação para crianças entre 1 e 14 anos, além de 635 solicitações para bebês com menos de um ano.