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Exames descartam botulismo após consumo de torta em padaria de BH; família questiona
Outras análises ainda serão feitas nas vítimas
Exames feitos a pedido do governo de Minas Gerais descartam botulismo nas três pessoas da mesma família que comeram torta e empadas em uma padaria de Belo Horizonte. O caso foi no mês ado em uma padaria do bairro Serrano e, desde então, as vítimas estão internadas.
Amostras clínicas dos pacientes e dos alimentos suspeitos foram encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz (IAL), laboratório de referência nacional para botulismo, no bairro nobre do Morumbi, em São Paulo. Os resultados para essa doença foram negativos. No entanto, parentes das vítimas questionam o resultado e acreditam em um “falso negativo” do teste, possibilidade que teria sido alertada pelos próprios médicos que cuidam da tia e do casal em unidades de Sete Lagoas e de Belo Horizonte.
Conforme a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), outras possíveis causas de intoxicação continuam sendo analisadas. “A SES-MG solicitou ao IAL a realização de exames complementares para detecção de outras neurotoxinas e agentes relacionados”, disse a pasta.
Caso o IAL não disponha das metodologias necessárias, o Ministério da Saúde já foi consultado quanto à possibilidade de encaminhamento das análises para outros centros de referência no país. O governo de Minas, por meio da SES, afirmou que todos os pacientes receberam, de forma tempestiva, o soro antitoxina botulínica e permanecem internados, sob acompanhamento médico adequado.
“Ressaltamos que a investigação segue em andamento. Novas informações serão divulgadas à medida que houver dados técnicos e científicos consolidados”, conclui a nota.
O advogado que representa o proprietário da padaria foi procurado, mas informou que não irá se posicionar. Por nota, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) informou que a padaria localizada continua interditada pela Vigilância Sanitária (VISA) e que "não há nenhuma medida para regularização ou solicitação de desinterdição". "O local permanece fechado, não podendo realizar comércio ou manipulação de alimentos", concluiu o município.
Família crê em "falso negativo"
Ouvidos por O TEMPO nesta terça-feira (20), uma familiar do trio que segue internado disse acreditar que o exame que descartou o botulismo possa ser um “falso negativo”, possibilidade que já teria sido alertada pelos médicos que tratam a família.
“Os médicos não tem nenhuma dúvida que seja botulismo. Eles alertaram que os exames poderiam dar negativo, que não são totalmente precisos, por isso estamos aguardando novos exames. Mas os médicos, tanto de Sete Lagoas quanto do Felício Rocho concordam que é 100% de certeza de ser botulismo, não há nenhuma outra hipótese”, garantiu a familiar.
Conforme a mulher, o falso negativo pode ter ocorrido pela família ter vomitado muito antes de apresentar sintomas neurológicos. “Eles começaram a fazer o tratamento com o soro para botulismo pouco depois de darem entrada nos hospitais. Desde então, na última semana, a nossa sobrinha e o namorado saíram da UTI e estão no apartamento. Ela (sobrinha) ainda precisa de aparelho para respirar, mas o namorado não precisa mais”, lembra.
A idosa de 75 anos segue internada em Belo Horizonte, em estado grave. “Ela é o caso que está mais complexo agora”, completou a familiar das vítimas.
O caso
A idosa e o casal de sobrinhos, de 23 e 24 anos, foram internados em estado grave após consumirem uma torta de frango e empadas vendidas na padaria. Elas começaram a sentir mal-estar no dia 22 de abril, um dia após consumirem os produtos. De acordo com a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), os funcionários da padaria confirmaram que os produtos estavam estragados e o dinheiro foi devolvido para os clientes.
Para os militares, o proprietário do estabelecimento informou que os alimentos teriam sido feitos no sábado 19 de abril. Os produtos foram preparados por um padeiro, que teria sido contratado como freelancer, mas que não tinha contato com o profissional. O caso é investigado pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).