Jovem é morto com dez tiros após ser chamado no portão em BH

Um jovem de 22 anos foi morto com dez disparos de arma de fogo na noite de quinta-feira (22 de maio), na Vila Nossa Senhora do Rosário, região Leste de Belo Horizonte. Segundo relatos de familiares, ele estava em casa quando foi chamado por um conhecido no portão. Pouco depois, os parentes ouviram os tiros e o rapaz gritando por socorro. A suspeita é de que o crime tenha sido motivado por vingança ligada ao tráfico de drogas.

A vítima foi socorrida por uma testemunha até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Leste, mas não resistiu aos ferimentos. A perícia da Polícia Civil foi acionada e constatou dez perfurações no abdômen, tórax e membros inferiores.

Conforme relato da irmã do jovem, ele desceu até o portão após o chamado, e, logo em seguida, a família escutou os disparos. O pai encontrou o filho caído ao chão, ferido e sangrando. Uma vizinha contou que ouviu alguém chamando pela vítima, mas disse não ter escutado discussão, apenas os tiros.

O amigo que chamou a vítima no portão é um homem de 26 anos. Em depoimento, ele afirmou que apenas viu um vulto e correu para se esconder, com medo. Pessoas ligadas à vítima levantaram a hipótese de que o crime esteja relacionado a um relacionamento amoroso.

Segundo a irmã da vítima, o jovem manteve uma relação de cinco anos com uma mulher que, após o término, se envolveu com um homem conhecido como "Vaca", investigado por envolvimento com o tráfico de drogas e suspeito de mandar matar outras pessoas. O casal teria reatado recentemente, o que pode ter provocado o assassinato.

Durante a conversa com os policiais, a irmã da vítima entrou em contato com a ex-namorada do jovem, que apresentou uma versão diferente. Ela afirmou que, na última terça-feira, um traficante foi preso e que o jovem assassinado poderia ter sido o responsável pela denúncia, o que também pode ter motivado o crime.

Câmeras de segurança da região devem ser analisadas para esclarecer a dinâmica da execução e auxiliar na identificação da autoria. Até a última edição, a mulher e o homem apontado como possível mandante não foram localizados. O caso segue em investigação pela Polícia Civil.