UFVJM

Vestibular de universidade mineira vira caso de polícia após alunos serem barrados

Estudantes acionaram a polícia após alegarem erro nos cartões de inscrição


Atualizado em 26 de maio de 2025 | 16:02

Estudantes encontraram portões fechados ao chegar para fazer as provas do vestibular unificado da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), realizadas neste domingo (25 de maio), em diversas cidades. Eles alegam que houve um erro no cartão definitivo de inscrição e agora avaliam buscar a justiça para tratar do caso. 

Uma estudante de 18 anos que faria a prova em Belo Horizonte, foi uma das que acabaram barradas na porta da escola onde seria realizado o vestibular. Ela conta que, no cartão recebido após a inscrição, constava a informação de que a prova seria realizada entre 13h30 e 18h. A estudante chegou por volta das 13h05 e os portões já estavam fechados.

A questão, segundo ela, é que é que no cartão a informação é divergente do que consta no edital da prova, que prevê fechamento do portão às 13h. “Na porta da escola havia mais de vinte pessoas que confiaram na informação do cartão de inscrição. O coordenador da prova foi ao portão, mas apenas mostrou o trecho do edital que falava sobre o horário. Ele nem quis nos ouvir sobre o erro no cartão de inscrição que indicava um horário diferente”, conta. 

Os estudantes que ficaram do lado de fora da escola chamaram a polícia militar e realizaram o registro de um boletim de ocorrência. Eles formaram um grupo junto com pessoas de outras regiões, que também se sentiram lesados com a falha, e agora avaliam quais providências podem adotar.

“É um projeto. A gente, nossas famílias, todo mundo se envolve; a gente se prepara para o vestibular e uma falha de organização acaba prejudicando tudo que foi planejado. Eu cheguei com cerca de trinta minutos de antecedência do horário marcado no cartão e achava que estava chegando com prazo antecipado, mas acabei encontrando os portões fechados”, diz sobre a frustração de não poder fazer a prova. 

Em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, cidade onde funciona o campus da UFVJM, também houve relatos de problemas e estudantes barrados na porta por causa do suposto erro no cartão de inscrição.

O vestibular da UFVJM oferece 649 vagas para cursos em quatro cidades onde a instituição tem campus: Diamantina, Janaúba, Teófilo Otoni e Unaí. As provas estavam marcadas inicialmente para 4 de maio, mas foram alteradas para este domingo após uma alteração no edital. 

Resposta

A UFVJM lamentou o ocorrido com os estudantes e informou que tomou conhecimento das ocorrências e questionamentos feitos por aqueles que chegaram após o fechamentos dos portões, porém reforçou que as informações sobre horário e regras do vestibular estavam claras no edital.

"A UFVJM lamenta o transtorno enfrentado por alguns candidatos, mas reforça que todas as informações oficiais foram disponibilizadas com antecedência, de forma clara, consistente e ível, sendo responsabilidade do candidato a leitura atenta do edital e dos documentos complementares", diz nota da instituição.

"No CDI consta a orientação: "Compareça ao local de realização das provas, pelo menos, com 30 minutos antes do horário marcado para o seu início." A frase é clara ao recomendar que o candidato chegue com no mínimo 30 minutos de antecedência, ou seja, até às 13h. Todos os candidatos que chegaram até esse horário entraram normalmente no local de prova, conforme previsto no edital. Além disso, é importante ressaltar que não houve qualquer informação adicional no CDI que indicasse mudança em relação ao horário de fechamento dos portões estabelecido no edital. Portanto, não procede a alegação de que a redação do documento gerou confusão sobre os horários", informam.

Sobre questionamentos em relação à devolução de valores ou repetições de provas, a universidade afirma que não considera essas opções no momento. "Em relação à possibilidade de reaplicação de provas ou reembolso do valor da inscrição, a Copese informa que essas medidas não estão previstas no edital, que é o instrumento legal que rege o processo", diz.