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Morre idosa internada após comer torta de frango em padaria de Belo Horizonte
Duas semanas após a internação, a vítima teve um acidente vascular cerebral (AVC) e estava hospitalizada em estado gravíssimo
Morreu nesta terça-feira (27 de maio) Cleuza Maria de Jesus Dias, de 75 anos. Ela é uma das três pessoas que foram internadas por uma suposta intoxicação após comer uma torta de frango comprada em uma padaria no bairro Serrano, na região da Pampulha, em Belo Horizonte. A informação foi confirmada à reportagem de O TEMPO por uma familiar da vítima. O velório será realizado na manhã desta quarta-feira (28 de maio) no Cemitério da Paz, na capital. A Polícia Civil investiga o caso.
Cleuza estava internada após sentir um mal-estar no dia 22 de abril, um dia após consumir o salgado que, supostamente, estaria estragado. Duas semanas depois da internação, o filho da idosa, Jorge Dias, afirmou que a mãe havia sofrido um acidente vascular cerebral (AVC) e estava hospitalizada em estado gravíssimo. A hipótese com relação à condição do alimento também é investigada. A PCMG não descarta nenhuma hipótese.
O caso
A idosa e o casal de sobrinhos, de 23 e 24 anos, foram internados em estado grave após consumirem uma torta de frango e empadas vendidas na padaria. Eles começaram a sentir mal-estar no dia 22 de abril, um dia após consumirem os produtos. De acordo com a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), os funcionários da padaria confirmaram que os produtos estavam com a aparência de estragados e devolveram o dinheiro para os clientes.
Para os militares, o proprietário do estabelecimento informou que os alimentos teriam sido feitos no sábado, 19 de abril. Os produtos foram preparados por um padeiro que teria sido contratado como freelancer, mas com o qual ele não mantinha contato direto. O padeiro foi ouvido pela Polícia Civil, mas foi liberado. Na ocasião, ele informou, inclusive, que teria levado uma torta para casa e que ninguém se sentiu mal.
Exames descartam botulismo
Uma das linhas de investigação das autoridades apontava para a possibilidade de botulismo — doença bacteriana grave causada pela ação de uma potente toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum. Entretanto, exames feitos a pedido do governo de Minas Gerais descartaram a possibi lidade.
Amostras clínicas dos pacientes e dos alimentos suspeitos foram encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz (IAL), laboratório de referência nacional para botulismo, no bairro nobre do Morumbi, em São Paulo. Os resultados para essa doença foram negativos.
Conforme a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), outras possíveis causas de intoxicação continuam sendo analisadas. “A SES-MG solicitou ao IAL a realização de exames complementares para detecção de outras neurotoxinas e agentes relacionados”, disse a pasta.
Após a confirmação da morte, a Secretaria de Estado de Saúde, a Polícia Civil e a Prefeitura de Belo Horizonte foram procurados pela reportagem. A matéria será atualizada tão logo as respostas sejam recebidas.