Paralisação continua

Greve do metrô em BH é mantida e estações permanecem fechadas

A decisão de manutenção da greve é válida até sexta-feira (10), quando nova assembleia será realizada pela categoria

Por Alice Brito
Publicado em 09 de março de 2023 | 10:59

Os metroviários decidiram, em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (9), manter a greve do metrô em BH, que já dura 23 dias. Todas as estações de Belo Horizonte permanecem fechadas.

A greve poderá ter um novo caminho a partir desta sexta-feira (10), às 18h, na Praça da Estação, na região central de Belo Horizonte, quando será realizada uma nova assembleia para definir se a paralisação dos trens urbanos continua ou não na capital mineira.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro), Alda Lúcia Fernandes, a categoria vai esperar a aprovação ou revogação da lei, que permite a realocação dos metroviários. Só depois do resultado a categoria vai avaliar o retorno ou não aos trabalhos. 

"Temos que valorizar os direitos dos metroviários, principalmente o inciso que permite que exista o direito a realocação", disse Alda. 

 

Greve já dura 23 dias

A greve do metrô de Belo Horizonte começou em 14 de fevereiro. Desde então, nenhuma viagem é realizada nas estações. A greve atinge cerca de 100 mil usuários que dependem do transporte para se locomover na capital. 

Visita a Brasília

Durante a assembleia a  categoria ainda realizou um balanço da ida dos metroviários a Brasília. Na quarta-feira (8), cerca de 100 metroviários realizaram na porta do Palácio do Planalto  um "ato de protesto". Os manifestantes querem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) interfira no processo de privatização do transporte. Com o ato os metroviários lutam pela preservação do emprego de 1,6 mil funcionários da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

Ainda conforme a presidente do Sindimetro, a categoria se sentiu desassistida." Nós ajudar a eleger o novo governo e fomos extremamente maltratados e mal recebidos", disse Alda Lúcia.