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Isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil: quais os impactos a curto e longo prazo
Especialista analisa decisão do Governo Federal que entra em vigor em 2025
Os trabalhadores que recebem até R$ 5 mil por mês terão isenção no Imposto de Renda a partir de 2025. A correção da faixa vai impactar, ao todo, 26 milhões de pessoas. Desses, 10 milhões de contribuintes ficarão isentos e outros 16 milhões arão a pagar menos. Além disso, a tendência indicada pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é de que quem ganha acima de R$ 50 mil e a pagar mais tributos. Apesar de ter apresentado as mudanças, o Governo ainda não definiu as alíquotas para o próximo ano.
Especialistas no assunto analisam a medida. Muitos elogiam a necessidade de aliviar o bolso de quem recebe menos, mas o questionamento que perdura é sobre quais são os impactos que a decisão pode gerar em um longo prazo. A reportagem de O TEMPO conversou com Rafael Mendes, consultor financeiro e especialista em investimentos, que fez uma análise detalhada sobre o assunto. Ele afirma que apesar das novas regras parecerem ser assertivas, o momento não é o adequado.
“A gente está ando por um momento econômico em que o Banco Central começa a aumentar um pouco os juros, de forma recorrente, para conter uma possível inflação. Isso é extremamente positivo para o país, principalmente porque vive em uma discrepância de renda enorme no Brasil. E o imposto pago por essa população em produtos é muito mais expressivo do que o imposto pago por quem tem uma renda maior. Essa isenção cai muito bem, mas acho que o momento em que ocorre é extremamente preocupante”, explica.
Em números, atualmente a Selic está em 12,25% ao ano. E a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) indica que a taxa de juros pode atingir até 14,25% logo em março. Segundo o especialista, a eficiência da utilização dos tributos não é tão adequada. “Quando a gente olha sobre a quantidade de impostos sobre produtos, ou seja, impostos indiretos, ela também é muito alta. A gente tem que entender que o fiscal, que é o Governo, e o monetário, que envolve essa parte de juros, precisam estar balanceados. A resposta mais óbvia é: gastar menos. O fiscal tem que gastar menos”, explica.
A entrevista completa com Rafael Mendes pode ser acompanhada durante a programação da FM O TEMPO e também no YouTube de O TEMPO.