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Presidente da Fiemg critica aumento do IOF e fala sobre possível candidatura em eleições
Declarações foram dadas em evento no Minascentro que celebrou o Dia da Indústria
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, criticou a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciada nesta quinta-feira (22) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo ele, a medida vai onerar principalmente "aqueles que já estão devendo". A fala aconteceu antes da cerimônia de comemoração do Dia da Indústria, que homenageou os principais nomes do setor no Minascentro, em Belo Horizonte.
"O aumento do IOF é algo muito triste, que vai prejudicar quem já tem dívidas e a população que precisar contratar algum financiamento. Não dá para ter aumento de tributos toda semana, como vem acontecendo com este governo. O Estado vem gastando muito e isso compromete o desenvolvimento econômico", afirmou.
O aumento do IOF sobre crédito destinado às empresas visa aumentar a arrecadação e ajudar no cumprimento das metas fiscais. A Receita Federal prevê uma arrecadação de R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 40,1 bilhões em 2026. A medida também faz ajustes na tributação do IOF de outras operações, como seguros e câmbio. Não haverá alteração no IOF na contratação de crédito por pessoas físicas.
Convites
Roscoe também comentou sobre os "diversos convites" que vem recebendo para entrar na vida pública e se há chance de ele se candidatar a algum cargo em futuras eleições.
"Convite para cargo a gente sempre recebe, até pelas relações que construímos. Isso não quer dizer que eu vá participar do processo eleitoral. Não há projeto estruturado. Porém, meu mandato termina no final do governo. Então, pode ser que, aí sim, eu me sinta mais confortável a me candidatar a algo e contribuir com a sociedade", disse.
Roscoe também vê com bons olhos o projeto de lei que afrouxa as regras do licenciamento ambiental no Brasil, aprovado pelo Senado por 54 votos a 13, nesta quarta-feira (21). A proposta, que estava parada há 21 anos, deve agora voltar para a Câmara.
"É preciso que haja critérios objetivos, regras claras e licenciamentos rápidos. Hoje, há obras que esperam quase dez anos para serem licenciadas, o que acaba inviabilizando o projeto na prática. Entendo que o PL faz sentido e vai aumentar a efetividade produtiva sem comprometer a questão ambiental", destacou.
O presidente da Fiemg também comentou algumas ausências sentidas durante o evento, como a do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e a do prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União).
"Não houve piora no relacionamento institucional. Tenho mantido contato com todos. As autoridades têm outros compromissos e nem sempre podem comparecer", garantiu.
A celebração do Dia da Indústria homenageou diversos empresários destacados de Minas Gerais nesta quinta-feira, como Ricardo Valadares Gontijo, que é fundador e presidente do conselho de istração da Direcional Engenharia, e Guilherme Abrantes, presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios de Minas Gerais (Silemg). A Medalha do Mérito Industrial é anualmente entregue a indicados pelos sindicatos empresariais em todo o Estado.