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Gripe aviária não é transmitida pelo consumo de frango e ovos; entenda
Casos no Brasil foram identificados em aves silvestres, não utilizadas para consumo

A gripe aviária paira como uma ameaça há duas décadas, e cientistas e entidades de saúde ao redor do mundo monitoram a doença de perto com receio de que ela se transforme na próxima pandemia. No Brasil, os primeiros casos da história foram confirmados neste mês, em animais silvestres que não são utilizados para consumo, e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) decretou estado de emergência zoosanitária no país. Por ora, segundo especialistas, não há sinais de que a doença esteja saindo de controle e, no dia a dia, não há com o que se preocupar.
O consumo de carne de frango e de ovos é seguro, de acordo com organismos nacionais e internacionais de saúde. O próprio Mapa reforça que não há evidências de contágio por essa via. “A transmissão é respiratória, comer não tem risco nenhum”, reforça o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri.
O risco de infecção de humanos ocorre especialmente em áreas de criação de aves, já que os produtores podem ter contato com animais doentes — que estejam cambaleando ou desorientados, por exemplo. A taxa de mortalidade da gripe aviária é considerada alta: em 20 anos, 868 pessoas foram comprovadamente infectadas e 53% delas, ou 457 pacientes, morreram, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
“O risco de transmissão da gripe aviária em humanos é maior entre aqueles que têm contato próximo com os animais. Por isso, a preocupação grande de que pessoas que eventualmente encontrem aves caídas, doentes, não manipulem essas aves, não as peguem para tratar em casa. Elas devem chamar o serviço veterinário da prefeitura para fazer a condução adequada. A transmissão entre humanos é muito rara, porque o vírus não está bem adaptado para se transmitir de pessoa para pessoa, mas, no futuro, isso pode vir a acontecer, se ocorreram mutações no vírus”, detalha a infectologista e professora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Raquel Stucchi.
O vice-presidente da Sbim, Renato Kfouri, pondera que é possível assistirmos a uma pandemia de gripe aviária no futuro, caso o vírus evolua e ganhe poder de transmissão entre humanos. Mas, diferentemente da pandemia de Covid-19, desta vez é provável que haja o mais rápido a vacinas, por exemplo. “Temos protótipos de vacina em andamento e uma longa experiência em vacinas contra gripe”, conclui.