ECONOMIA

Nióbio ganha espaço no comércio

Redação O Tempo

Por FREDERICO DAMATO
Publicado em 05 de setembro de 2007 | 20:10

O aço e o minério de ferro, produzidos em larga escala na região Central de Minas, estão longe de serem desbancados do topo da balança comercial do Estado. Entretanto, é na região do Alto Paranaíba, onde não se encontram tais produtos, que se verifica o maior crescimento das exportações mineiras. Tudo graças ao nióbio, extraído no município de Araxá e altamente demandado no mercado externo. No acumulado dos sete primeiros meses do ano, os embarques do Alto Paranaíba atingiram US$ 531,3 milhões, alta de 53,64% ante igual período do ano ado, com o nióbio respondendo por mais de 73% do valor, informou ontem a pesquisa da Fundação João Pinheiro (FJP). O mineral é extraído e processado na planta industrial da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM). A empresa exportou US$ 389 milhões no acumulado do ano até julho, contra US$ 236,7 milhões no mesmo intervalo de 2006 (63,5% a mais).

O nióbio é comercializado pela CBMM em mais de 50 países. A reboque do mineral, sustentaram o crescimento do Alto Paranaíba o milho, o café e a carne. O bom desempenho da região promete aumentar sua participação no quadro geral de exportações de Minas. Hoje, o Alto Paranaíba participa com 6,25% do total embarcado. A região Central responde por 53,27%, seguida pelo Vale do Rio Doce (13,51%). O Sul de Minas teve o segundo melhor desempenho. Em relação ao período de janeiro/julho de 2006, os embarques de 2007 cresceram 52,49%, puxados por níquel e café. Já a carne foi o principal produto exportado pelo Norte/Jequitinhonha, que exportou 47,49% a mais em relação aos sete primeiros meses de 2006.