Rica mistura entre costumes fortalece conexões entre italianos e mineiros

Os primeiros imigrantes italianos chegaram há 150 anos. Mas, ao longo de mais de um século e meio, muitos outros desembarcaram em terras mineiras. Na mala, trouxeram muitos hábitos italianos, mas também se apaixonaram pelo Estado e pelo país. Muitos escolheram ficar por aqui por terem realmente se identificado com o local, mostrando o quanto as duas culturas se integram e contribuem uma com a outra.

É o caso do músico e professor de italiano e de teatro Sergio Della Guardia, 48. Ele veio ao Brasil pela primeira vez em 1998 e brinca que foi uma “maravilhosa armadilha”. Ele decidiu vir definitivamente e, em 2006, adotou Belo Horizonte como seu novo lar. O que mais chamou a atenção de Guardia foi justamente a diversidade cultural. “Aqui tem todos os rostos, cores, religiões, comidas”, diz.

As relações afetivas também têm suas semelhanças e reforçam essa conexão entre o Estado e a cultura italiana. “Aqui, em Minas, às vezes demora para fazer uma amizade, mas, quando ela acontece, as pessoas viram parentes. Estou cercado por grandes amores”, garante o italiano.

Italiana radicada no Brasil, a gestora cultural Giusi Zamana atualmente mora na Itália para cuidar da mãe. No entanto, há anos atua em Minas, conectando as culturas. Em 2004, ela fundou a Associação Ponte Entre Culturas – Minas Gerais (PEC-MG), projeto de intercâmbio cultural entre a Itália e o Brasil. Uma das frentes é o fomento do estudo da história da imigração italiana no Estado.

Giusi conta que se encantou com a diversidade e multiculturalidade, que teve contribuições italianas que vão desde a agricultura até as reuniões em volta das mesas. “A imigração italiana aqui, em Minas, foi diferente, pois houve integração das pessoas com a população local. Com isso, o que se vê é uma rica mistura, enfatiza.