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Com investimentos de R$ 7,8 bilhões, Uberaba (MG) entra no mapa global do hidrogênio verde
A iniciativa será liderada pela H2Brazil, empresa formada por executivos com experiência em projetos de transição energética na Europa.
Durante o World Hydrogen Summit 2025, realizado nesta quinta-feira (22) em Roterdã, na Holanda, foi assinado o contrato que oficializa a instalação de planta industrial de hidrogênio e amônia verdes em Uberaba, com investimento de R$ 7,8 bilhões e expectativa de gerar cerca de mil empregos diretos.
A iniciativa será liderada pela H2Brazil, empresa formada por executivos com experiência em projetos de transição energética na Europa.
A planta será instalada na Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Uberaba e terá capacidade de gerar até 820 MW (do inglês Molecular Weight, que é a unidade de medida na produção de hidrogênio) até 2030, produzindo anualmente 124 mil toneladas de hidrogênio e 689 mil toneladas de amônia verdes.
Posição estratégica
Uberaba foi escolhida por sua posição estratégica, com forte base agrícola, logística eficiente, disponibilidade de energia renovável e abundância de água, insumos essenciais para a produção via eletrólise.
A chamada energia verde, que não polui, pode mover carros, navios, indústrias e até ajudar na produção de alimentos no campo por meio da ampliação do mercado de fertilizantes.
A prefeita Elisa Araújo, que está em Roterdã para o evento, destacou o impacto do empreendimento para a sustentabilidade e a geração de empregos qualificados. “Para Uberaba, o hidrogênio verde significa desenvolvimento sustentável, inovação e geração de empregos com salários acima da média de mercado.”
Segundo o CEO da H2Brazil, Pedro Caçorino, as obras para instalação da usina em Uberaba devem começar entre o final de 2025 e início de 2026. Ele destacou que o Brasil tem uma vantagem estratégica no cenário global da transição energética: “O que realmente nos diferencia é a abundância de fontes renováveis. Com excelente potencial solar e eólico, além de uma matriz elétrica predominantemente verde, o país está apto a produzir hidrogênio verde com preços extremamente competitivos no mercado internacional.”
O líder da equipe de investimentos da ApexBrasil, Carlos Padilha, destacou a importância do anúncio. “Durante a sessão Brasil no World Hydrogen Summit, celebramos esse grande o da H2Brazil em Uberaba, que evidencia o potencial brasileiro para liderar a produção de hidrogênio com baixa intensidade de carbono. Nosso pavilhão abriga representantes dos governos federal e estaduais, setor privado e associações — todos engajados no avanço dessa agenda estratégica”, disse.
Já o secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação, Celso Neto – que acompanha a prefeita na Holanda –, destacou o papel do hidrogênio e da amônia verdes na agenda climática e na segurança alimentar global: “Esse é um caminho viável para reduzir a dependência de combustíveis fósseis e promover uma agricultura mais independente e sustentável.”
O projeto da H2Brazil é uma parceria entre os governos do Brasil e de Portugal, com coordenação da agência alemã GIZ e apoio do MME, MCTI e ApexBrasil.