A barragem da mina Córrego do Feijão, situada em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, se rompeu no fim da manhã desta sexta-feira (25). Segundo o Corpo de Bombeiros, há ao menos 110 mortes confirmadas até esta terça-feira (29) e 71 identificados.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, havia funcionários da empresa no refeitório da companhia, que tinha capacidade para atender até 200 pessoas. Ao menos 30 conseguiram sair correndo e teriam escapado da correnteza de lama. A equipe do jornal O TEMPO está na região e gravou, via helicóptero, imagens que dão ideia da dimensão da tragédia.
A unidade pertence à mineradora Vale. "Havia empregados na área istrativa, que foi atingida pelos rejeitos", informou, em nota, a empresa.
Segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), uma equipe do núcleo de emergencial ambiental está a caminho para apurar as informações.
A Vale itiu que os rejeitos da barragem atingiram um vilarejo da cidade e que a prioridade agora é resgatar as vítimas. Imagens da Record TV mostram pessoas sendo resgatadas da lama.
"As primeiras informações indicam que os rejeitos atingiram a área istrativa da companhia e parte da comunidade da vila Ferteco. Ainda não há confirmação se há feridos no local", diz a empresa em nota.
O governo de Minas Gerais criou uma força-tarefa e um gabinete de crise para atuar no rompimento da Barragem da Mina Córrego do Feijão. O coordenador nacional de Defesa Civil, coronel Alexandre Lucas, se desloca com uma equipe para ajudar nos trabalhos.
Veja vídeos:
A barragem
De acordo com o site da Vale há duas barragens com o nome Mina Córrego do Feijão, uma delas tem cerca de 1 milhão de metros cúbicos e a outra aproximadamente 290 mil metros cúbicos e é utilizada para a contenção de sedimentos e clarificação do efluente final.
Em 2015 barragem da Vale também se rompeu
Em novembro de 2015 duas barragens se romperam na cidade de Mariana, na região Central de Minas, e deixaram 19 pessoas mortas e causaram o maior desastre ambiental do Estado. O rejeito tomou conta do Rio Doce e afetou cidades até do Espírito Santo.