Eleição 2022

Marcus Pestana, um dos fundadores do PSDB, sugere o fim da legenda 5l5z2o

Candidato ao governo de Minas Gerais itiu o racha da sigla nas eleições deste ano 1m933

Por Da Redação
Publicado em 12 de setembro de 2022 | 11:23
 
 
Marcus Pestana Foto: Daniel de Cerqueira/O TEMPO

Um dos fundadores do PSDB em Minas Gerais, o candidato ao governo de Minas, Marcus Pestana, não descartou, nesta segunda-feira (12), o fim do partido para que uma nova sigla mais ampla e mais democrática seja criada. Em entrevista à rádio Super 91.7 FM, o ex-deputado federal itiu que ao não lançar uma candidatura própria ao pleito deste ano, a legenda se rachou nestas eleições.

"Sou fundador do PSDB, mas não tenho paixão irreversível, eu fico preocupado com a aglutinação, com a social democracia. Precisamos de racionalização partidária (...) O PSDB abriu mão do protagonismo, nós temos que pensar no quadro seguinte, em um projeto em 2026, que pode, inclusive, ar por um fim do PSDB com a  criação de novo partido mais amplo de centro democrático", pontuou Pestana que sugeriu uma reorganização partidária no Brasil.

"O PL, do Bolsonaro, junto com Republicanos e o PP, podiam fundar um verdadeiro partido conservador, enquanto o Novo se consolida como partido liberal e a gente (PSDB) fundar um partido de centro democrático que abrange sociais liberais. O PT poderia se organizar e ter um partido de esquerda. Seriam 4 pólos relevantes, porque tem partido que vai com o vento", argumentou.

Para Pestana, o principal erro do PSDB nestas eleições foi não ter conduzido bem o processo de criação de uma terceira via. "Nós erramos ao não lançar um nome para a presidência, eu fui voto vencido na reunião do diretório nacional. O projeto de condução da terceira via foi muito ruim. Fomos sacrificando todos os potenciais candidatos. Luciano Huck, Mandetta, Eduardo Leite, depois o Dória. (...) Havia um espaço para a terceira via e nós fomos deixando no vácuo, um terço da população não queria nem Lula e nem Bolsonaro”, avaliou o ex-deputado federal ao citar as divergências na legenda após a polarização entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL)

"O governador Mato Grosso do Sul apoia o Bolsonaro (PL). No Rio de Janeiro, nós vemos o Cesar Maia,  como vice Freixo, no palanque do Lula. Aqui, eu apoio o Ciro e tenho enorme simpatia pela Simone, mas o MDB atendendo aos apelos ideológicos se rendeu e ficou com o Zema (...) uma terceira via iria pacificar o país", afirmou.