O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), defendeu nesta sexta-feira (20) que as crianças não têm culpa do que classificou como "luta insana" entre Hamas e Israel. Ele participou por videoconferência ao lado da primeira-dama, Janja da Silva, da cerimônia de comemoração aos 20 anos do programa Bolsa Família, uma das principais bandeiras dos governos petistas.
“Queria aproveitar esse momento, em nome das crianças vivas do nosso país, graças aos programas de inclusão social, eu queria prestar solidariedade às crianças que já morreram na guerra entre Rússia e Ucrânia, e que estão morrendo agora nessa luta insana entre o Hamas e o Estado de Israel", disse.
Lula ainda declarou: "Não é possível tanta irracionalidade, tanta insanidade, que as pessoas façam uma guerra tendo em conta que as pessoas que estão morrendo são mulheres, são pessoas idosas, são crianças, que não estão tendo sequer o direito de viver".
O petista sugeriu que para resolver o conflito é preciso "racionalidade". "Nós precisamos propor em alto e bom som, em nome da vida das nossas crianças, paz, a gente propor a racionalidade, que o amor possa vencer o ódio, que a gente não resolve o problema com bala, com foguete. A gente resolve o problema com carinho, com afeto, com dedicação, com solidariedade”, afirmou.
Essa foi a primeira aparição pública do petista após ar por duas cirurgias - uma no quadril e outra nas pálpebras - no final de setembro. A cerimônia ocorreu no Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, no Distrito Federal, em Brasília.
Lula tem trabalhado a partir do Palácio da Alvorada, a residência oficial da Presidência, desde que se submeteu aos procedimentos. Ele foi liberado para receber visitas ainda esta semana.