O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se reúne na noite desta segunda-feira com os 27 governadores e representantes dos Executivos estaduais no Palácio do Planalto. Eles discutem os atos terroristas que ocorreram em Brasília no domingo (8).
O encontro de emergência ocorre após as invasões e depredações nos prédios do Congresso Nacional, Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF). Na ocasião, 14 jornalistas foram agredidos.
Também participam da reunião a presidente do STF, Rosa Weber, e os ministros da Corte Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Luis Roberto Barroso. Durante o encontro, Weber afirmou que o prédio do STF será reconstruído após depredação no local. Também reforçou que o calendário do judiciário será seguido.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), líderes da casa baixa, o procurador-geral da República, Augusto Aras, e alguns ministros do governo Lula também participaram da discussão.
O governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), não esteve na reunião. Compareceu a governadora interina do DF, Celina Leão (PP). Em seu pronunciamento, ela defendeu Ibaneis, condenou os atos antidemocráticos e se colocou à disposição do presidente Lula. Foi aplaudida pelos presentes duas vezes.
Essa é a primeira reunião de Lula com os 27 governadores. O encontro precisou ser antecipado após as ocorrências violentas do fim de semana. Antes, estava previsto para 27 de janeiro, como mostrou O TEMPO.
Em decorrência da invasão em Brasília, o presidente Lula decretou intervenção federal no DF até 31 de janeiro de 2023. O interventor é o jornalista Ricardo Garcia Cappelli, que fica subordinado ao chefe do Executivo federal.
Segundo o Ministério da Justiça, já foram presas 1.200 pessoas envolvidas nos atos de violência. Somando os que já haviam sido detidos e estavam desde a noite de ontem na Polícia Civil, ao todo, até o final da tarde desta segunda, o número total de presos era de 1.500.
Mais cedo, a presidência da República, do STF, da Câmara e do Senado Federal publicaram uma nota conjunta, 'Em Defesa da Democracia', em que rejeitam os “atos terroristas, de vandalismo, criminoso e golpistas que aconteceram em Brasília”
As autoridades afirmam que “estão unidos para as providências institucionais sejam tomadas”. Em seguida, conclamam a sociedade brasileira a “manter a serenidade, em defesa da paz”. “O país precisa de normalidade, respeito e trabalho para o progresso e justiça social da nação”.
am o documento o presidente Lula; o presidente em exercício do Senado Veneziano Vital do Rêgo; o presidente da Câmara Arthur Lira e a presidente do STF a ministra Rosa Weber.
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