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União Europeia reage à ameaça de Trump de tarifas de importação de 50%
Se entrarem em vigor, esses impostos aumentariam significativamente em relação às tarifas atuais, que são em média de 12,5%
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retomou a sua abordagem comercial com ameaças de tarifas de até 50% sobre produtos da União Europeia (UE), cujos ministros lançaram uma forte resposta.
Se entrarem em vigor, esses impostos aumentariam significativamente em relação às tarifas atuais, que são em média de 12,5% (2,5% já em vigor antes da posse de Trump e mais 10% desde abril). Também renovariam os esforços entre a maior economia do mundo e seus parceiros europeus.
Lamentando que as negociações comerciais com o bloco europeu, segundo ele, "não estejam levando a lugar nenhum", Trump anunciou em sua rede Truth Social que recomenda "impor tarifas de 50% à União Europeia a partir de 1º de junho".
“Tem sido muito difícil lidar com a União Europeia, que foi criada com o objetivo principal de tirar vantagem dos Estados Unidos no comércio”, disse Trump.
Líderes europeus e funcionários de alta escalada reagiram com consternação e pediram uma desescalada.
“Continuamos no mesmo caminho: desescalada, mas estamos prontos para responder”, escreveu o ministro delegado de Comércio Exterior da França, Laurent Saint-Martin, no X.
O ministro das Relações Exteriores alemão, Johann Wadephul, afirmou que essas "tarifas não ajudam ninguém e só servem para minar o desenvolvimento econômico de ambos os mercados".
As bolsas europeias fecharam no vermelho nesta sexta-feira, abaladas pela ameaça de Trump. Paris caiu 1,65%, Frankfurt 1,54%, Milão 1,94% e Madri 1,18%. Londres, por sua vez, perdeu apenas 0,24%, já que os Estados Unidos e o Reino Unido chegaram a um acordo comercial no início de maio.
Embora as ações em Wall Street tenham caído após o anúncio, algumas perdas foram posteriormente reduzidas.
Frustração de Trump
Trump ameaçou dificuldades no crescimento econômico global impondo tarifas de pelo menos 10% sobre a maioria dos produtos que entram nos Estados Unidos.
Seus impostos, que desencadearam um terremoto nos mercados, também incluíram setores específicos, como automóveis, aço e alumínio produzidos fora dos Estados Unidos.
As tarifas alfandegárias sobre a China atingiram 145% (sobre alguns produtos, 245%), às quais Pequim respondeu com impostos de 125%.
As duas potências então negociaram um atraso de 90 dias para suspender a maioria dessas tarifas, e Trump também anunciou um acordo comercial com o Reino Unido, enquanto negociava com outros países, incluindo o México.
As negociações com a Europa não renderam muitos frutos.
Trump criticou várias vezes o déficit comercial dos Estados Unidos com a Europa, que ele estimou entre US$ 300 e US$ 350 bilhões (R$ 1,69 a R$ 1,97 trilhão).
Segundo dados do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR), o déficit comercial do país com o bloco europeu deve aumentar para aproximadamente US$ 235 bilhões em 2024 (R$ 1,32 trilhão).
A Comissão Europeia contesta esses números, indicando um valor de US$ 160 bilhões (R$ 902 bilhões) e de apenas US$ 56 bilhões (R$ 318 bilhões) se o superávit comercial dos EUA em serviços incluídos.
Em declarações à Bloomberg Television nesta sexta-feira, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que uma taxa mínima de 10% “depende da adesão e negociação de boa-fé dos países e blocos comerciais”. “E acho que o presidente estava se frustrando com a UE”, acrescentou.
Um porta-voz da UE decidiu comentar as novas ameaças e disse à AFP que uma ligação estava agendada para esta sexta-feira entre o comissário europeu de comércio, Maros Sefcovic, e o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer.
iPhones 'fabricados nos EUA'?
Em outra mensagem, Trump ameaçou a Apple com novas tarifas.
“Há algum tempo, informei Tim Cook [presidente da Apple] que esperava que seus iPhones vendidos nos Estados Unidos fossem fabricados nos Estados Unidos, não na Índia ou em qualquer outro lugar. Se não for o caso, a Apple terá que pagar uma tarifa de pelo menos 25%”, disse Trump nesta sexta-feira em sua rede Truth Social.
A maioria dos iPhones é montada na China, embora nos últimos anos a empresa tenha transferido parte da sua produção para outros países, como a Índia.
A Apple não respondeu até o momento a um pedido de comentários da AFP.
Segundo o analista Dan Ives, da consultoria Wedbush Securities, o problema da proposta de Trump é que transferir a produção do iPhone para os Estados Unidos é “um conto de fadas inviável”.
Se fossem fabricados nos Estados Unidos, os iPhones custariam cerca de US$ 3.500 (R$ 22.800), inspirados, e transferidos toda a produção levaria até 10 anos.