PALESTINOS

Bombardeio israelense mata nove filhos de casal de médicos em Gaza

Exército de Israel afirmou que está avaliando os relatos de que ataque foi feito a civis

Por AFP
Publicado em 24 de maio de 2025 | 16:49


Um bombardeio israelense matou nove filhos de um casal de médicos em Khan Yunis, no sul do território palestino, e o Exército israelense afirmou estar avaliando os relatos. As informações foram divulgadas neste sábado (24) pela Defesa Civil da Faixa de Gaza.

“Ontem, sexta-feira, 23 de maio de 2025, nossas equipes transferiram (para o hospital) os corpos de 9 crianças mártires, alguns deles carbonizados, da casa do doutor Hamdi Al Najjar e de sua esposa, a doutora Alaa Al Najjar”, ​​declarou à AFP Mahmud Bassal, porta-voz do organismo de resgate.

“A ocupação israelense invadiu a casa (...) no bairro Gizan Al Najjar em Khan Yunis”, no sul do território palestino sitiado e devastado, acrescentou.

O ataque aconteceu na volta do meio-dia de sexta-feira, explicou Bassal. Ele disse que Hamdi al Najjar e seu 10º filho, Adam, ficaram "gravemente feridos".

O hospital Al Nasser de Khan Yunis informou que o único filho sobrevivente da família tem 10 anos.

O Exército israelense afirmou à AFP que um de seus aviões bombardeou "suspeitos que operavam a partir de uma estrutura próxima das tropas israelenses na zona de Khan Yunis".

“Estamos examinando a afirmação de que os danos foram causados ​​a civis que não estiveram envolvidos”, acrescentou um porta-voz militar.

"A região de Khan Yunis é uma zona de guerra perigosa. Antes de lançar suas operações no local (no âmbito da expansão ampliada iniciada, o Exército) retirou os civis da área para sua segurança", afirmou.

As imagens dos destroços, publicadas pela agência da Defesa Civil, mostram os socorristas recuperando os corpos de crianças carbonizadas da casa.

Na segunda-feira ada, foi retomado o fornecimento de ajuda humanitária, limitado, que estava bloqueada desde 2 de março pelo governo israelense.

Atentado do Hamas

A guerra em Gaza começou com o ataque sem precedentes do movimento islamista palestino Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023, que provocou a morte de 1.218 pessoas, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais.

Das 251 pessoas sequestradas naquele dia, 57 continuam retidas em Gaza, das quais pelo menos 34 morreram, segundo as autoridades israelenses.

Mais de 53.900 palestinos, a maioria civis, morreram na Faixa de Gaza na operação militar israelense, segundo dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas para Gaza, considerados confiáveis pela ONU.