Macris e Gattaz: 'corneta' não apaga história de ídolas
Dupla que elevou o Minas a outra prateleira retornou a BH, agora com camisa do rival
Na última terça-feira, Macris e Gattaz, uma das duplas mais memoráveis do vôlei nacional, voltaram à cidade onde fizeram história. Agora, com a camisa do maior rival.
Quando o Praia Clube visitou o Mackenzie pela Superliga, a pouco mais de 900 metros do Minas Tênis Clube, local que se tornaram ídolas da torcida, a ansiedade foi grande para a recepção. Com uma das 'chinas' mais famosas do mundo, elas fizeram parte do elenco que tirou o Minas de uma 'fila' de 16 anos da Superliga, e, de lá para cá, foram mais três troféus da liga nacional e incontáveis feitos no voleibol.
É claro que quando a contratação da dupla para o maior rival foi divulgada, o assunto tomou conta da 'bolha voleifã'. Por isso, a expectativa de ver Macris e Gattaz em BH mais uma vez foi grande. Pelo menos para mim. Ainda aguardando o primeiro grande 'Clássico Pão de Queijo' - entre Minas e Praia - na capital mineira, a dupla pôde reencontrar olhares conhecidos de torcedores e 'cornetas'.
Num ginásio lotado, as 'zoeiras' durante o jogo foram muitas. O clássico "uh, vai errar... uh, vai errar" ecoava no ginásio a cada saque da central, por exemplo. Mas, depois do último ponto, a prova de que ídolos são feitos de história, não de momentos.
Uma fila de torcedores aguardando ansiosamente pela clássica foto pós-partida, em um mar de camisas que se misturavam em um frenesi de gritos pelos nomes mais falados da noite: Macris e Carol. Não há corneta que ofusque o carinho de quem reconhece a grandeza de gênios.
O que é do jogo, é do jogo. O que é da história não se apaga.