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Dragon Ball Daima está aí pra provar novamente como é difícil trazer de volta a essência do original
Última criação de Akira Toriyama aposta em um tom mais leve e nostálgico, mas não alcança o carisma do ado
Dragon Ball Daima é o mais novo anime no universo criado por Akira Toriyama — inclusive sendo a última produção da qual participou antes de seu falecimento.
Ao invés de dar continuidade ao andamento da história de Dragon Ball Super, ele retorna no tempo para criar mais uma linha de acontecimentos após a derrota de Majin Boo.
Após tomar o trono do Reino dos Demônios (com a queda de Dabura), o novo rei Gomah teme ser o próximo alvo dos guerreiros Z. Como solução, ele vai à Terra e pede a Shenlong para que transforme suas possíveis ameaças em crianças.
Porém, o tiro sai pela culatra, uma vez que esse fato se torna o motivador para colocar Goku e seus amigos no caminho das tramas que envolvem esse mundo — até então desconhecido pelos heróis.
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Com isso, temos mais uma jornada que busca emular o sucesso da primeira fase do anime: Dragon Ball (1986-1989). E mais uma vez temos um fracasso na tentativa. Ao tentar mirar no clássico, Daima acaba acertando em Dragon Ball GT (1996-1997) — capítulo da saga que divide muito a opinião dos fãs.
Assim como no GT, a nova produção repete:
- Goku virar criança — dessa vez trazendo Vegeta, Piccolo e Bulma para essa condição — ,
- gerando um grupo inusitado de protagonistas, que buscam esferas do dragão diferentes das normais, em planetas desconhecidos,
- ao mesmo tempo em que novos desafios provocam transformações super saiyajin mais fortes que as vistas em Dragon Ball Z (1989-1996).
O grande problema, que ninguém parece entender, é como o anime original funcionava e como a fórmula é difícil de recriar. Dragon Ball foi uma obra que se beneficiou da inexperiência de Goku tanto em vivência do mundo, quanto em questão de seu treinamento, para desenvolver suas tramas.
Inexperiência que — junto de uma ingenuidade —, possibilitou a introdução de novos personagens e desafios aos protagonistas, que moviam a trama. Fornecendo a Goku novos aprendizados que ele carregaria para sempre. E tudo isso ainda era envolto em um senso de humor que contrastava a visão pura dele, com a dos demais personagens.
Pois bem, o erro de Daima é justamente por não trazer esses desafios de forma convincente, uma vez que os guerreiros Z — mesmo crianças — são os personagens mais fortes da trama. Acrescenta-se, ainda, a nova tendência de substituir a pureza de Goku por um comportamento forçadamente burro e inconsequente, comprometendo até o humor da série.
Na verdade, o anime se utiliza de um recurso bem fraco para lidar com o problema da discrepância de poderes: com poucos capítulos para encerrar a história, ele simplesmente inventa um objeto mágico que faz o vilão final ficar invencível. Justificando, a partir daí, a presença de tantos novos guerreiros que vão aparecendo durante os episódios, e que estavam escanteados até o momento.
Mas é injusto não reconhecer os pontos positivos da série. Existe uma boa dose de expansão de universo, que acrescenta mais camadas à história desse universo fantástico. O anime aproveita a “ponta solta” do Z sobre o mundo dos demônios, para:
- criar um novo ecossistema de cenários interligados, cada um contendo regras bem definidas de funcionamento,
- apresentar personagens novos, que agregam à história (como Panzy e Glorio),
- explicar melhor o que são os majin,
- e dar histórias de origens para o Supremo Senhor Kaioh e sua raça, além de continuar a desenvolver os namekuseijins.
E para os nostálgicos, existe o fanservice dito anteriormente: novas transformações super saiyajin. Transformações que inclusive eram mais esperadas, e foram até melhores, do que apenas colorir o cabelo de azul ou vermelho nos mais recentes Super Saiyajin Deus, de Dragon Ball Super (2015-2018).
Além disso, Daima tem sua melhor qualidade no visual: Dragon Ball nunca foi tão bonito. A qualidade da animação, especialmente nas cenas de ação, impressiona pela fluidez e cuidado nos detalhes dos combates e rajadas de poderes.
Portanto, em um conflito entre a inovação técnica e o desgaste da repetição de fórmula se encontra Dragon Ball Daima. Um anime que vale a pena ser conferido pelos fãs da saga, contanto que estejam com as expectativas ajustadas.
Dragon Ball Daima: onde assistir?
Para os interessados, a série está disponível nos streamings Crunchyroll, Netflix e Max. O anime já se encerrou, são apenas 20 episódios.
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