O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não tem conseguido reverter os índices de desaprovação entre o eleitorado de Belo Horizonte. Dados da última pesquisa DATATEMPO apontam que 49,8% dos entrevistados não aprovam a gestão federal, praticamente o mesmo percentual registrado pela rodada anterior, divulgada em abril, que era 49,9% (TRE MG-02336/2024). No mesmo período, a aprovação do governo Lula caiu 0,8%, ao ar de 42,5% para 41,7%. A oscilação de ambos os índices ocorre dentro da margem de erro, que é de 2,83 pontos percentuais, para mais ou para menos.
O desempenho da gestão de Lula diante do eleitorado belo-horizontino é ainda pior quando comparado com a pesquisa DATATEMPO divulgada em *setembro do ano ado. Naquele período, o governo petista era aprovado por 52,3% dos eleitores de BH. Os números revelam uma queda de 10,6 pontos percentuais nas avaliações positivas, na comparação com junho deste ano. Por outro lado, em dez meses, o total de pessoas que desaprovam a istração federal subiu de 42,4% para 49,8%.
Para a analista de pesquisas Bruna Assis, do instituto DATATEMPO, “entender as causas por trás dessa baixa aprovação pode ser a chave para aprimorar o desempenho de Lula em Belo Horizonte”. Nesse sentido, o levantamento aponta, por exemplo, que eleitores entre 35 e 44 anos (57%), moradores da região Nordeste (63,2%) e com escolaridade de ensino médio incompleto ou completo (56,3%) são os que mais desaprovam a istração.
Já a aprovação do governo Lula é maior entre eleitores de BH com 60 anos ou mais (49,8%), moradores da região Leste (48,4%) e com renda de até dois salários mínimos (47,4%) e escolaridade até fundamental completo (55,6%).
A pesquisa foi contratada pela Sempre Editora. Foram realizadas 1.200 entrevistas domiciliares, de 31 de maio a 3 de junho de 2024. A margem de erro é de 2,83 pontos percentuais, e o nível de confiança é de 95%. O registro da pesquisa junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) é MG-06115/2024.
*A pesquisa de setembro de 2023 não tem registro no TRE, pois foi realizada fora do ano eleitoral.