O prefeito de Miraí, na Zona da Mata, Adaelson Magalhães (Republicanos), irá responder na Justiça por uso indevido de bens e recursos públicos em benefício próprio. Ele é acusado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por supostamente ter canalizado um córrego que cortava um sítio de sua propriedade. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) acatou a denúncia, que afeta também um ex-secretário de obras do município.
De acordo com o MPMG, a apuração da Procuradoria de Justiça Especializada em Ações de Competência Originária Criminal verificou que o chefe do Executivo teria ordenado, em 2023, que funcionários da prefeitura canalizassem um córrego que cortava seu próprio sítio. O serviço teria sido executado com máquinas do poder público, com apoio do ex-secretário.
Na ocasião, a justificativa da prefeitura foi que a obra teria como objetivo o combate ao mosquito da dengue. Entretanto, conforme o MPMG, as investigações demonstraram que não havia surto da doença na cidade à época. O real objetivo seria valorizar o imóvel para sediar a Exposição Agropecuária de Miraí 2023.
Ainda segundo o Ministério Público, o prejuízo aos cofres públicos teria sido de R$ 49,3 mil. O pedido do órgão à Justiça é de condenação do prefeito e do então secretário de obras por crime de responsabilidade. Além disso, o MPMG também enquadrou os suspeitos no artigo 29 do Código Penal, que trata da responsabilidade de quem participa ou colabora com a prática de um crime.
Magalhães foi eleito prefeito de Miraí em 2020, conseguindo se reeleger para o cargo no pleito do ano ado. A reportagem de O TEMPO procurou o chefe do Executivo por meio da istração municipal para solicitar um posicionamento. Tão logo haja um retorno, esta publicação será atualizada. O espaço segue aberto.