DE 'FININHO'

Em agenda do PL Mulher, Michelle Bolsonaro visita deputada em Belo Horizonte

A ex-primeira-dama se reuniu, a portas fechadas, com um grupo de cerca de 20 mulheres nesta sexta (16 de maio) na casa de Delegada Sheila (PL)

Por Gabriel Ferreira Borges
Publicado em 16 de maio de 2025 | 21:08

Enquanto a ironia do ex-tenente-coronel Mauro Cid a uma eventual candidatura de Michelle Bolsonaro à presidência da República vinha a público nesta sexta-feira (16 de maio), a ex-primeira-dama estava em Belo Horizonte. Michelle, acompanhada pela deputada estadual Delegada Sheila (PL), lançou, a portas fechadas, um projeto idealizado pelo PL Mulher, braço do partido presidido por ela.  

Chamado de “Alicerçadas”, o projeto, que é descrito como uma “célula para edificar a nação a partir das cidades”, reuniu cerca de 20 mulheres na casa de Sheila. Ao Aparte, a deputada disse que o público nunca participou da política. “São mulheres que nunca foram candidatas, mas que sentem o desejo de realizar algo que possa impactar positivamente, impactar para o bem a vida das pessoas”, explicou ela.

A agem de Michelle por Belo Horizonte chegou a pegar alguns quadros do PL de surpresa. Como a reunião foi discreta, a visita da ex-primeira-dama não foi amplamente divulgada. A última vez que a presidente do PL Mulher havia ado pela cidade foi em outubro de 2024, durante o 2º turno das eleições municipais, para participar de um ato do então candidato Bruno Engler (PL).

A princípio, Michelle era cotada como candidata ao Senado pelo Distrito Federal em 2026. Há três anos, a ex-primeira-dama capitaneou a campanha da ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos Damares Alves (Republicanos), eleita com 44,98% dos votos para a Casa Alta. Damares desbancou a candidata do próprio PL, Flávia Arruda, ex-primeira-dama do Distrito Federal.

Porém, nas últimas semanas, o nome de Michelle tem ganhado corpo para disputar o Planalto diante da inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Já testada em algumas pesquisas eleitorais, a ex-primeira-dama seria uma opção da própria família, o que iria de encontro aos planos de governadores de herdarem o espólio de Bolsonaro.