BRASÍLIA -  A disputa pelo cargo de presidente do Senado - e consequentemente do Congresso Nacional - tem cinco candidatos. O escolhido ocupará a cadeira deixada pelo mineiro Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que ficou no cargo por quatro anos. A eleição será no sábado (1º) e a sessão está marcada para ter início às 10h.  

Veja abaixo quem são os candidatos: 

Davi Alcolumbre   6yl5w

Tido como favorito, o senador Davi Alcolumbre (União Brasil) deve retornar ao cargo que ocupou entre fevereiro de 2019 e 2020 com tranquilidade. Ele reuniu apoio de dez partidos que somam, juntos, 74 votos. Para ser eleito, o candidato precisa de 41 votos ou mais dos 81 senadores totais. 

Alcolumbre tem atuação relevante nos bastidores e participa ativamente de acordos e decisões políticas. Ele foi articulador na costura pela distribuição de emendas parlamentares e teve trânsito livre no gabinete da Presidência do Senado na gestão de Pacheco, seu afilhado político. 

O amapaense já foi vereador de Macapá e deputado federal. Em 2019, Alcolumbre foi eleito o presidente do Congresso Nacional mais jovem da história. Na época, tinha 41 anos. Ele também foi o primeiro judeu a assumir a cadeira de comando do Senado Federal.  

Astronauta Marcos Pontes  384y3m

Alinhado no campo da direita, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) manteve sua candidatura à revelia da cúpula do PL, que declarou apoio a Alcolumbre. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a declarar boa sorte ao senador, mas disse que, desta vez, firmou o acordo com o favorito para garantir a participação o comando de comissões. 

“A arrogância pode fechar portas, mas a humildade sempre abrirá as janelas da sabedoria para novos horizontes. Pense, viva e aprenda! Grande abraço espacial Sim! Eu sou candidato à Presidência do Senado”, desabafou o senador depois da reação de seu partido. 

Marcos Pontes entrou na vida política em 2019, quando foi ministro da Ciência e Tecnologia no governo Bolsonaro. Nas eleições de 2022, disputou sua primeira eleição e foi eleito para uma vaga ao Senado por São Paulo. Engenheiro, ele ocupa a reserva da Força Aérea Brasileira (FAB).  

Eduardo Girão   q52w

Empresário das áreas de hotelaria, transporte de valores e segurança privada, Eduardo Girão (Novo-CE) disputou – e venceu – sua primeira eleição em 2018, quando conseguiu o mandato de senador.  

Ele se declara independente, mas compactua e acena com pautas defendidas pela direita. Em sua biografia, Girão se diz “cristão, pró-vida e família” e “contra o aborto, drogas e jogos de azar”.  

Em 2004, antes de entrar na vida política, fundou a Associação Estação da Luz, uma entidade sem fins lucrativos que produz filmes espíritas que produziu obras como As Mães de Chico Xavier (2011), Blood Money - Aborto Legalizado (2013) e Nosso Lar 2: Os Mensageiros.  

Marcos do Val  4r6fd

Carregando um histórico de polêmicas, Marcos do Val (Podemos-ES) se lançou de forma avulsa à disputa. Seu partido articulava apresentar o nome da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), mas preferiu liberar a bancada para quem quisesse apoiar Alcolumbre. 

O político é investigado no inquérito sobre os atos de 8 de janeiro, que terminaram na destruição das sedes dos Três Poderes, em Brasília, e por ataques a integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) e investigadores da Polícia Federal (PF). 

Alegando dificuldades financeiras depois de ter suas contas bloqueadas, ele chegou a simular que dormiria dentro do plenário do Senado em setembro de 2024, mesmo ocupando apartamento funcional – pago com dinheiro público. Na época, contou que Alcolumbre, de quem agora é adversário na disputa, pagou um hotel para que ele dormisse fora do horário de trabalho. 

Soraya Thronicke  4q2l

Soraya Thronicke (Podemos-MS) decidiu registrar sua candidatura nesta quinta-feira (30), depois da decisão de do Val se lançar avulso. Até o momento, ela é a única mulher apresentada na disputa. 

Em agosto do ano ado, quando seu nome ainda era articulado pelo Podemos, ela esteve no Palácio do Planalto em busca do apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em torno de uma candidatura feminina – o que não se concretizou. 

Advogada e empresária, Soraya tem 51 anos e disputou sua primeira eleição em 2018. Este é seu primeiro mandato na vida política. A senadora foi candidata à Presidência da República nas eleições de 2022 e terminou a disputa em 5º lugar.