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Lula comenta tentativa de golpe: 'Ninguém mais pode negar'
'Tentaram dar um golpe para não deixar a gente assumir a Presidência da República', disse o presidente, durante evento no Palácio do Planalto
BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou nesta quinta-feira (28) sobre o relatório final da Polícia Federal que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 36 pessoas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
Lula afirmou que "ninguém mais pode desmentir" a tentativa de impedir sua posse em janeiro de 2023 e aproveitou também para defender a democracia.
“Vocês sabem o que está acontecendo na política mundial e na política brasileira. Vocês sabem a quantidade de mentiras, a quantidade de ódio. Vocês sabem a tentativa de golpe, que agora está ficando verdadeiro, ninguém mais pode desmentir. Na verdade, eles tentaram dar um golpe para não deixar a gente assumir a Presidência da República. Vocês são o agente que pode fazer a democracia sobreviver no Brasil”, afirmou.
A declaração foi dada durante evento para lançamento do programa Periferia Viva, no Palácio do Planalto, em Brasília. O Periferia Viva é um programa de urbanização de favelas com foco em quatro eixos: Infraestrutura urbana; Equipamentos sociais; Fortalecimento social e comunitário; e Inovação, tecnologia e oportunidades.
No relatório divulgado na última terça-feira (26), a Polícia Federal identificou elementos de provas de que o ex-presidente Jair Bolsonaro planejou, atuou e teve domínio de forma direta na execução de plano criminoso que buscava impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Os elementos de prova obtidos ao longo da investigação demonstram de forma inequívoca que o então presidente da República, JAIR MESSIAS BOLSONARO, planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios realizados pela organização criminosa que objetivava a concretização de um Golpe de Estado e da Abolição do Estado Democrático de Direito, fato que não se consumou em razão de circunstâncias alheias à sua vontade", diz o texto.
"O arcabouço probatório colhido indica que o grupo investigado, liderado por JAIR BOLSONARO, à época presidente da República, criou, desenvolveu e disseminou a narrativa falsa da existência de vulnerabilidade e fraude no sistema eletrônico de votação do País desde o ano de 2019, com o objetivo de sedimentar na população a falsa realidade de fraude eleitoral para posteriormente a narrativa atingir dois objetivos: primeiro, não ser interpretada como um possível ato casuístico em caso de derrota eleitoral e, segundo e mais relevante, ser utilizada como fundamento para os atos que se sucederam após a derrota do então candidato JAIR BOLSONARO no pleito de 2022", continua a PF.