ORIENTE MÉDIO

'Não haverá paz sem Palestina independente e lado a lado com Israel', diz Lula

Presidente reforçou defesa de uma reforma no Conselho de Segurança da ONU, reivindicação antiga do Brasil

Por Levy Guimarães
Atualizado em 13 de maio de 2025 | 09:32

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, nesta terça-feira (13), a dependência da Palestina em meio aos ataques promovidos pelo Estado de Israel na Faixa de Gaza, que já duram mais de um ano e meio após o atentado do Hamas em território israelense.

Em um pronunciamento ao lado do presidente da China, Xi jinping, após a de acordos entre os países, em Pequim, Lula afirmou que é necessário “superar a insensatez dos conflitos armados”. 

“A humanidade se apequena diante das atrocidades cometidas em Gaza. Não haverá paz sem um Estado da Palestina independente e viável vivendo lado a lado com o Estado de Israel”, disse.

Lula tem sido um crítico ferrenho da postura do governo de Israel na Faixa de Gaza. Ele já chegou a comparar os ataques das tropas israelenses à ação da Alemanha Nazista de Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial.

Ainda nesta terça-feira, Lula também defendeu a proposta conjunta de Brasil e China para a formação de um grupo de negociação pela paz na guerra da Ucrânia, iniciativa que obteve pouca tração junto à comunidade internacional.

Os ‘Entendimentos Comuns entre o Brasil e a China para uma Resolução Política para a Crise na Ucrânia’ oferecem base para um diálogo abrangente que permita o retorno da paz à Europa”, disse.

Conselho de Segurança da ONU

O presidente brasileiro também reforçou uma reivindicação tradicional do Brasil, a reforma no Conselho de Segurança da ONU. Ao lado de outros países, como Índia, África do Sul e Alemanha, o governo brasileiro pleiteia um assento permanente no órgão.

“Há anos, a ordem internacional já demanda reformas profundas. [...] Somente uma 

ONU reformada poderá cumprir os ideais de paz, direitos humanos e progresso social. O Conselho de Segurança deve refletir a diversidade contemporânea”.

Lula encerra nesta terça-feira sua agenda oficial na China, com uma reunião restrita com Xi Jinping, seguida de um jantar oferecido pelo presidente chinês. Na quarta-feira (14), ele e a comitiva brasileira retornam ao Brasil.