Chefe da AGU critica ações na Justiça contra Janja: 'propósito de manchetar'

BRASÍLIA - O ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, criticou nesta terça-feira (20) as ações na Justiça que contestam os gastos com as viagens internacionais da primeira-dama, Janja da Silva. Segundo ele, são apresentadas apenas para “causar constrangimento”.

Na última segunda-feira (19), a Justiça do Distrito Federal negou uma ação que pedia a suspensão dos pagamentos emitidos pela União para cobrir os gastos com as viagens de Janja entre os meses de fevereiro de 2024 e abril deste ano.

“É importante que isso seja apresentado à sociedade, porque algumas pessoas entram com ações com o propósito de manchetar, quando as questões já estão mais do que debatidas. É um caso típico de ações apresentadas com o objetivo de causar constrangimento e que terão o destino único, que é o arquivamento”, disse Messias, em entrevista ao programa Bom Dia Ministro, da EBC.

Na mesma decisão, o juiz Leonardo Tavares Saraiva impôs o prazo de vinte dias para o governo Lula explicar as despesas da istração pública com as viagens e contestar a ação pública. Messias afirma que todas as regras são atendidas.

“A Justiça indeferiu todos os pedidos porque entendeu que não eram procedentes em caráter liminar. Entendeu que todas as regras de transparência e interesse foram cumpridas. Todos os requisitos de transparência, prestação de contas e interesse público foram cumpridos pelo governo federal”, declarou o ministro.

As viagens internacionais de Janja são alvo recorrente de críticas e ataques da oposição. O grupo cita, principalmente, as idas antecipadas da primeira-dama aos destinos de missões oficiais, quando ela chegou antes da delegação e do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).  Na última viagem do petista, à Rússia e à China, ela chegou seis dias antes da comitiva brasileira.