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Lula apresenta ao Congresso MP que isenta conta de luz para os mais pobres
Reforma do setor elétrico prevê abertura do mercado de energia para consumidores residenciais, mas pode cobrar mais da classe média

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresenta, nesta quarta-feira (21), a Medida Provisória (MP) do setor elétrico a lideranças do Congresso Nacional. A proposta terá como carro-chefe a gratuidade na conta de luz para cerca de 60 milhões de pessoas.
Lula recebe, no Palácio do Planalto, o presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União-AP), além dos ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Internacionais). A ideia é explicar os pontos principais da proposta.
Por se tratar de uma MP, a matéria entra em vigor assim que é assinada pelo Presidente da República, mas precisa da aprovação da Câmara dos Deputados e do Senado em até 120 dias para não perder a validade. A expectativa é que Lula envie o texto ao Congresso na semana que vem.
A MP deve prever desconto integral na conta de luz para famílias de baixa renda, idosos, pessoas com deficiência, indígenas e quilombolas vulneráveis que consumam até 80 kWh por mês. Hoje, a média de consumo nas residências brasileiras é de 152,2 kWh/mês, mas com grande variação
A estimativa do governo é que 60 milhões de pessoas deixem de pagar a conta de energia elétrica. Além disso, cerca de 55 milhões de famílias que consumam até 120 kWh/mês e têm renda de um salário mínimo e meio por pessoa teriam um desconto nas mensalidades.
O Ministério de Minas e Energia calcula que a medida teria um custo anual de R$ 3,6 bilhões. O governo ainda não deixou claro como esse valor será compensado, o que levanta questionamentos no setor sobre um possível aumento na tarifa de energia para a classe média.
Porém, a medida é mais uma aposta do governo Lula para recuperar popularidade, sobretudo na população mais pobre, no momento em que sofre o desgaste das fraudes no INSS.
Outro ponto da MP prevê a abertura do mercado de energia para pequenos comerciantes a partir de 2027 e para consumidores residenciais a partir de 2028. Assim, esses públicos poderiam escolher de qual fornecedor comprar a energia. Hoje, essa opção só é disponível para médias e principalmente grandes empresas.