Lula cobra regulação das redes: 'precisamos discutir com o Congresso'

BRASÍLIA — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou do Congresso Nacional a regulação das redes sociais durante evento no Mato Grosso neste sábado (24). "É preciso que a gente discuta com o Congresso a responsabilidade de regular as empresas neste país. Não é possível que tudo tenha controle, menos as empresas de aplicativo", declarou. 

O apoio à regulação das plataformas digitais e das empresas de tecnologia é uma posição recorrente do presidente e esteve novamente em discussão na última viagem de Lula à China. O assunto foi o centro de uma polêmica com a primeira-dama Janja, que questionou o presidente da China, Xi Jinping, sobre a operação do TikTok.

O tema surgiu no discurso de Lula durante evento no Mato Grosso neste sábado quando ele citava que sua gestão obteve avanços com a proibição dos celulares nas escolas; o petista comentava, ainda, casos de bullying em escolas por meio de publicações nas redes sociais. 

A declaração neste sábado foi parte de um longo discurso de Lula, no qual ele abordou assuntos diversos como as obras de duplicação e melhoria da BR-163, o Auxílio Gás e a promessa de um programa de crédito para reforma de casas para a população de baixa renda. O petista antecipou durante a Marcha dos Prefeitos em Brasília, na última terça-feira (20), que "estava próximo" de pôr em operação o novo programa. Agora, ele indicou uma previsão e disse que a política de crédito começará a valer neste mês.

"O que faremos ainda neste mês é garantir uma linha de crédito para reforma de casa. O trabalhador às vezes tem uma casa e nasce uma criança, o neto vem morar com ele, ele quer construir um quarto, quer uma garagem para o carro que comprou, uma cozinha maior, um banheiro... Vamos abrir uma linha de crédito para quem quiser reformar", disse. Essa política pública é prometida por Lula há alguns meses. O presidente disse ainda em março que pretendia pôr em prática esse programa.

Também no evento deste sábado, Lula prometeu que começará a "andar pelo Brasil" a partir do próximo mês. "Vou fazer política nesse país. Vou andar. Chegou a hora da gente assumir a responsabilidade e não permitir que a mentira, que a canalhice, ganhem espaço, e a verdade seja soterrada nesse país", afirmou.

O presidente retorna a Brasília ainda neste sábado, e retoma as agendas oficiais apenas na segunda-feira (26).