Ato do 1º de maio com Lula reuniu 1,6 mil pessoas, segundo pesquisadores da USP

O ato do Dia do Trabalhador organizado por centrais sindicais em São Paulo com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reuniu 1.635 pessoas no 1º de Maio. A estimativa é do Monitor do Debate Político no Meio Digital, projeto de pesquisa da Universidade de São Paulo (USP). Considerando a margem de erro de 12%, pode haver uma diferença de 196 pessoas para mais ou para menos.

O evento aconteceu no estacionamento da Neo Química Arena, estádio do Corinthians, em Itaquera, zona leste de São Paulo. Na análise, os pesquisadores usaram uma foto aérea do local, repartida em oito pedaços, por meio de um software que identifica cabeças e estima a quantidade de pessoas em uma imagem. 

O método tem precisão de 72,9%, segundo o monitor. Na contagem do público, o erro percentual absoluto médio é de 12% para mais ou para menos em imagens com mais de 500 pessoas. Com isso, o número de pessoas identificadas, com 95% de confiança, está entre 1.439 e 1.831. A contagem diz respeito ao pico de comparecimento, às 13h46, cinco minutos antes do início do discurso do presidente. A expectativa da organização era reunir 50 mil pessoas. 

Em cima do palco, Lula percebeu o baixo público, o que rendeu crítica pública ao ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo. “Não pensem que vai ficar assim. Vocês sabem que ontem eu conversei com ele sobre esse ato e disse: ‘Márcio, esse ato está mal convocado’. Nós não fizemos o esforço necessário para levar a quantidade de gente que era preciso levar”, disse Lula ao microfone.

No mesmo evento, Lula pediu votos para o deputado federal e pré-candidato à prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL), que estava ao seu lado. A legislação eleitoral proíbe pedido explícito de votos antes do início oficial da campanha eleitoral. Partidos políticos já entraram com representação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) contra Lula e Boulos.