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Diesel subirá dois centavos a partir de abril por maior injeção de biodiesel
Decisão foi tomada em reunião do Conselho de Política Energética nesta sexta (17), com participação do presidente Lula; aumento será gradativo até 2026

O preço do litro do diesel na bomba para o consumidor final subirá R$ 0,02 centavos a partir do mês de abril. A decisão foi tomada em reunião, nesta sexta-feira (17), do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O aumento será baseado na maior injeção de biodiesel na produção do diesel.
De acordo com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que preside o CNPE, a mistura obrigatória de biodiesel no diesel subirá gradualmente a cada ano. Cada ponto percentual a mais representa R$ 0,01. Neste ano, a mistura de biodiesel irá saltar dos atuais 10% para 12%. Em 2024 para 13%, em 2025 para 14% e, em 2026, para 15%.
"É importante ressaltar que os estudos foram feitos e o impacto é em torno de um centavo, não pode ar disso, a cada 1% na composição doo biodiesel. Então nós aumentados 2%, iremos para o B12 (12% de biodiesel) a partir de abril, o que vai impactar em apenas R$ 0,02", disse o ministro.
“Todos sabem que o biodiesel chegou a ser 13% no ado, voltou para 10%, já era para estar em 15% conforme o que estava aprovado, mas nós fizemos estudos técnicos profundos para evitar que ele tivesse um impacto econômico muito grave no preço do diesel”, acrescentou.
Silveira acrescentou que "a atividade econômica com a questão do biodiesel é extremamente vigorosa a partir da produção de soja e do pinhão-manso" e, por isso, obrigará a compra mais ativa da agricultura familiar das regiões Norte e Nordeste e do semiárido brasileiro.
Aumento de teor do biodiesel gerou reação do setor de transportes
Silveira reagiu às divergências geradas entre os setores do agronegócio e o de transportes por conta do aumento da mistura. Antes da decisão, a Confederação Nacional do Transporte (CNT) emitiu uma nota alegando que um eventual acréscimo do teor "gerará custos adicionais ao valor do frete que serão transferidos para toda a população", além de diminuir a eficiência energética dos motores de ônibus e caminhões, aumentando o consumo de combustível.
Produtores de biodiesel, como a Aprobio, Abiove e Ubrabio, rebateram afirmando que as afirmações da CNT são "o falsas e revelam desprezo com o meio ambiente e a saúde das pessoas". O posicionamento do setor de transportes ainda "coloca em risco uma extensa cadeia de produção que gera emprego para a população e receita para o Estado, desenvolve a economia nacional com investimento, apoia o pequeno agricultor, reduz a emissão de gases de efeito estufa, melhora o meio ambiente e a qualidade de vida do cidadão", dizem os produtores.
"Todos os estudos técnicos foram feitos no sentido de que o aumento até B15, em vários países do mundo, já tem o seu uso praticamente pacificado. [...] Não existe comprovação técnica de que isso realmente prejudicaria o uso dos automóveis. O nosso desafio tanto no setor elétrico, quando de petróleo e gás, é o equilíbrio entre a questão econômica e de sustentabilidade - porque a questão ambiental até defende um teor maior de mistura - e a questão social", rebateu o ministro às críticas do setor de transportes.
Governo terá programa de reindustrialização nacional do gás
Silveira também anunciou o programa "Gás para Empregar", com o objetivo de iniciar um processo de "reindustrialização nacional através do gás, não só do pré-sal". O foco é atingir as petroleiras que exploram a costa brasileira e, por fatores econômicos, não recolocam esse gás em território nacional. O ministro quer atrair o gás para o mercado nacional para para aumentar oferta e a competitividade, o que afirmou ser fundamental para a segurança energética e alimentar.
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