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Governo Lula ironiza operação contra Carlos Bolsonaro nas redes sociais
Publicação sobre a visita de agentes comunitários de saúde foi interpretada como referência à operação

Uma publicação nas redes sociais oficiais do governo Luiz Inácio Lula da Silva foi interpretada, nesta segunda-feira (29), como um deboche à operação de busca e apreensão, pela Polícia Federal (PF), em endereços ligados ao vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Com os dizeres “toc, toc, toc” e a imagem de uma mão batendo a uma porta, o post destaca a importância das visitas de agentes comunitários de saúde nesse período do ano, quando crescem os casos de dengue no país. No entanto, foi vista pelo público como uma referência à investigação que mira o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta, justificou a publicação. Para o petista, "a mensagem principal é a dengue" e o resto não a de "especulação".
É difícil para quem raciocina em uma linguagem analógica tradicional entender o papel dos algoritmos nas ‘janelas de oportunidades e fluxos’ que a comunicação digital precisar considerar. É como se tivesse um trem em alta velocidade ando. Se eu ficar na frente sou atropelado.…
— Paulo Pimenta (@Pimenta13Br) January 29, 2024
Carlos Bolsonaro é suspeito de ter comandado uma “Abin paralela” e recebido informações de forma irregular da atuação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), sendo municiado de dados para benefício próprio.
Ao todo, a PF cumpriu nove mandados em endereços no Rio de Janeiro (RJ), em Angra dos Reis (RJ), Brasília (DF), Formosa (GO) e Salvador (BA). A corporação citou uma "organização criminosa que se instalou" na Abin e comentou sobre o objetivo de identificar o núcleo político envolvido no esquema.
"Nesta nova etapa, a Polícia Federal busca avançar no núcleo político, identificando os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente no âmbito da Abin, por meio de ações clandestinas. Nessas ações eram utilizadas técnicas de investigação próprias das polícias judiciárias, sem, contudo, qualquer controle judicial ou do Ministério Público", informou a PF por meio de nota.