O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou nesta quarta-feira (6) durante reunião do Conselho do Mercosul, que ocorreu no Museu do Amanhã, na região central do Rio de Janeiro, que a do acordo de livre comércio entre o bloco e a Singapura abrirá portas para investimentos asiáticos em diversas áreas.
"[O acordo não envolve apenas mercadorias], mas favorece investimentos, fluxos de tecnologia, serviços, movimento de pessoas e segurança jurídica. Porta de entrada para a Ásia e para a Associação de Nações do Sudeste Asiático", enfatizou.
O Mercosul deve firmar oficialmente na quinta-feira (7) o acordo com Singapura. O ato marcará o primeiro pacto entre o grupo sul-americano e um país do Sudeste Asiático em 12 anos, gesto lembrado por Alckmin durante seu pronunciamento.
"Este será o primeiro acordo de livre comércio do Mercosul em mais de 10 anos e o primeiro com um país asiático. Essa integração fortalece os laços econômicos entre o Brasil, o Mercosul e a região asiática, criando oportunidades para maior diversificação das exportações e investimentos", defendeu.
Singapura figura como o segundo principal parceiro comercial do Brasil no continente asiático, sendo ultraado apenas pela China nessa posição. O país também se destaca como o 16º maior destino das exportações brasileiras e assume a 12ª posição como fornecedor de importações. No ano de 2022, o comércio bilateral entre as duas nações atingiu a marca de US$ 6,7 bilhões.
Entre os representantes brasileiros que estão na agenda do Mercosul além de Alckmin, estão o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que não poderia comparecer 14 minutos antes do início da chegada das autoridades no evento.
(*) Enviada Especial ao Rio de Janeiro