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Cid diz à PF que advogado se confundiu e Bolsonaro não sabia de plano para matar Lula e Moraes

Ex-ajudante de ordens prestou o 12º depoimento à corporação que o investiga por supostas irregularidades cometidas durante o governo do ex-presidente

Por Hédio Ferreira Júnior
Atualizado em 06 de dezembro de 2024 | 20:18

BRASÍLIA - O tenente-coronel do Exército Mauro Cid negou à Polícia Federal (PF), nessa quinta-feira (5), que Jair Bolsonaro (PL) soubesse do plano para ass o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, em 2022.

Em seu 12º depoimento prestado à corporação por suposto envolvimento em crimes e irregularidades durante agem pelo governo como ajudante de ordens do ex-presidente, Cid afirmou que seu advogado se confundiu quando relacionou Bolsonaro ao plano para matar Lula. 

Responsável pela defesa do militar, Cezar Bittencourt contou em entrevista à Globonews, em 22 de novembro, parte do depoimento de Mauro Cid ao ministro Alexandre de Moraes, na véspera. De acordo com o advogado, o ex-presidente da República “sabia de tudo”, referindo-se ao plano de morte e à suposta trama de tomada de poder por meio de um golpe de Estado. 

“Ele [Cid] participou como assessor, verificou e indicou, inclusive, ao seu chefe [o então presidente Jair Bolsonaro] , que teria a liderança desses fatos”, confirmou Bittencourt. A entrevista feita por videochamada teve uma falha técnica, ele ficou fora do ar por alguns minutos e, na volta, se desmentiu.

Na nova oitiva, Mauro Cid afirmou aos policiais federais que Cezar Bittencourt teria se confundido ao afirmar que Bolsonaro sabia do plano. De acordo com o militar, seu defensor se referia a tratativas para a elaboração da minuta do golpe e não a um plano para matar Lula, Alckmin e Moraes. Ele próprio nega que tivesse conhecimento do plano de assassinato.