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América faz homenagem a Sebastião Salgado: 'ícone mundial da fotografia'

Fotógrafo mineiro era americano e morreu nesta sexta-feira (23/05) aos 81 anos


Publicado em 23 de maio de 2025 | 15:29

O América lamentou a morte do fotógrafo Sebastião Salgado nesta sexta-feira (23/05), aos 81 anos. Natural de Aimorés, interior de Minas Gerais, era reconhecido no mundo todo por suas imagens de guerras e mazelas humanas em preto e branco. Ele era torcedor do Coelho, mas também tinha coração tricolor pelo Fluminense. 

"O América Futebol Clube lamenta profundamente o falecimento de Sebastião Salgado, torcedor americano e ícone mundial da fotografia. Mineiro de Aimorés, Salgado foi um verdadeiro mestre da fotografia, eternizando imagens icônicas com sua marcante em preto e branco. Desejamos muita força aos familiares, amigos e iradores neste momento de dor", postou o América em sua conta no X.

Sebastião Salgado vivia em Paris e convivia com as sequelas de uma malária adquirida na década de 1990. De acordo com amigos, os medicamentos deixaram de funcionar nos últimos anos. 

Antes de migrar para a fotografia, Sebastião Salgado formou-se em economia. Mestre em economia pela Universidade de São Paulo (1968) e doutor pela Universidade de Paris (1971), ele trabalhava na Organização Internacional do Café, em Londres, quando iniciou o desejo de fotografar. O trabalho exigia muitas viagens à África e Salgado gostava de documentar o que via.

O mineiro foi reconhecido com alguns dos principais prêmios da fotografia mundial, como o Eugene Smith de Fotografia Humanitária, dois Prêmios I Infinity de Jornalismo, o Prêmio Erna e Victor Hasselblad e o prêmio de melhor livro de fotografia do ano do Festival Internacional de Arles por Workers, por Trabalhadores.

Ele morava em Paris com a mulher, Lélia Wanick Salgado, e deixa dois filhos, Juliano, que nasceu em 1974, e Rodrigo, de 1979. Juliano é cineasta e lançou em 2015, ao lado do diretor Wim Wenders, o documentário O Sal da Terra, que conta a trajetória de seu pai. O longa foi indicado ao Oscar de Melhor Documentário e recebeu o prêmio César, principal premiação do cinema francês.