Sócio majoritário da SAF do Atlético, Rafael Menin foi questionado em coletiva na manhã deste sábado (7 de junho), na Arena MRV, sobre como resolver o problema da dívida que o clube tem hoje, estimada em R$ 2,304 bilhões líquidos, conforme relatório Convocados 2025, produzido pelo economista Cesar Grafietti. (VEJA VÍDEO ABAIXO)

"Equilibrar a dívida é algo bastante difícil.  Mas a gente já fez o primeiro o, que é contratar bons consultores, bons assessores, para que, quem sabe, a gente possa, em algum momento, trazer mais capital para dentro da SAF. Não significa que a gente está vendendo a nossa parte, não é isso", esclarece Menin.

Segundo o dirigente, a SAF atleticana busca atrair um novo aporte de capital para reduzir o peso da dívida. Ele ressalta que encontrar o “investidor ideal” é difícil, principalmente, com visão de longo prazo e recursos suficientes. Porém, o plano é demorado e não será resolvido e pouco tempo

"Quando você traz capital, o acionista é diluído, é assim que funciona. Então a gente gostaria muito de ter um investidor que preencha todos os pré-requisitos e que possa trazer um capital adicional, para quem sabe a gente ficar livre dessa parcela aí, que é a famosa dívida onerosa, e aí nós vamos poder respirar e gerir a vida do dia a dia do clube com uma tranquilidade enorme", completa o dirigente do Atlético.

Investimentos

Além de buscar o equilíbrio nas contas operacionais, a SAF do Atlético também tem como meta zerar ainda em 2025 a chamada “rúbrica de investimento”, que engloba a compra e venda de jogadores e os aportes nas categorias de base. Desde que o novo modelo de gestão foi implantado, essa área apresenta um déficit acumulado de aproximadamente R$ 500 milhões.

Rafael Menin explica que o clube vem tentando tornar essa operação mais eficiente. “A gente tem procurado comprar atletas de forma mais assertiva. Um bom exemplo é o Paulinho. A gente comprou por X e vendeu por 3X”, afirmou o investidor.

Apesar da melhora, a rubrica ainda fecha no vermelho. “Desde quando a gente entrou aqui no Galo, ela está negativa, se somar à base, em quase meio bilhão de reais. Mas ela vem melhorando ano após ano”, destacou.

O objetivo da SAF, segundo Menin, é fazer com que essa conta e a fechar no azul, como já acontece em outros clubes do país. 

“É objetivo nosso, nesse ano, zerar essa rúbrica de investimentos. Outros clubes já trabalham há alguns anos com essa rúbrica positiva. Faz parte do clube para sobreviver. Essa linha de compra e venda de atleta mais base tem que ser positiva. No nosso caso, ela foi negativa em R$ 500 milhões em quatro anos e pouco”, completou.