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Cruzeiro: imagem com bonecos pendurados representando Marlon, Matheus Pereira e William viraliza
Imagem que circula na internet mostra manequins pendurados com as camisas utilizadas pelo trio, muito criticado por parte da torcida
Os protestos após a eliminação do Cruzeiro nas semifinais do Mineiro, diante do América, seguem em tom elevado e,desta vez, até radical: na manhã desta segunda-feira (24) circulam nas redes imagens com bonecos representando os jogadores Matheus Pereira, Marlon e William 'pendurados' em um viaduto da capital.
Na imagem aparecem três manequins pendurados em um viaduto, que seria localizado na Avenida Antônio Carlos. Cada um deles com as camisas referentes aos jogadores: a 3, do lateral-esquerdo Marlon, a 10 do meia Matheus Pereira e a 12 do lateral-direito William.
Do trio, Marlon e William foram 'eleitos' por parte da torcida celeste como uns dos principais responsáveis pela eliminação no Estadual por terem desperdiçados seus pênaltis após o empate em 1 a 1 com o América no tempo regulamentar da partida disputada no Independência, no sábado (22).
Já Matheus Pereira tem sido criticado por torcedores que acreditam que o meia 'tumultuou' o ambiente na Toca da Raposa às vésperas da decisão com a indefinição até o último momento sobre sua possível transferência para o Zenit, da Rússia.
Entre os clubes já estava tudo acertado, em uma negociação que podia chegar a casa de 20 milhões de euros (cerca de R$ 118 milhões), mas, na última hora, o jogador acabou desistindo e não assinou com o clube russo.
Como, em função das negociações, Matheus Pereira não participou de todos os treinamentos da semana na Toca da Raposa, o técnico Leonardo Jardim preferiu nem relacionar o jogador para a partida com o América.
Até o momento da publicação desta matéria, nenhuma torcida organizada ou grupo de torcedores do Cruzeiro assumiu a autoria do protesto.
Consultados pela reportagem, algumas organizadas celestes não descartam até a hipótese de que o ato tenha sido feito por torcedores 'rivais', com a intenção de ampliar ainda mais a crise na Raposa.
PUNIÇÕES
O 'Código de conduta do torcedor', lançado pelo Cruzeiro em agosto do ano ado, prevê punições rigorosas para situações do tipo.
No Código de conduta, entre as atitudes íveis de sanções estão 'praticar ato de violência, agir de maneira ameaçadora, provocativa, assediadora ou ofensiva".
O Código também já dispõe sobre possíveis sanções que podem ser adotadas a torcedores celestes no caso de desrespeito às regras, todas, ressalta o clube, dentro dos limites dispostos pela Lei Geral do Esporte.
As sanções vão de impedimento de o aos estádios, suspensão do direito de ar o estádio em dias de jogos do clube, de um a dez jogos ou de 15 dias a três anos, suspensão da inscrição no programa Sócio Torcedor, proibição de compra de ingresso, entre outras.
INVESTIGAÇÃO
A reportagem de O TEMPO Sports entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Civil para buscar detalhes sobre como deve ser feita a investigação do caso e as possíveis punições a que estão sujeitos os responsáveis pelo ato.
A corporação respondeu ainda não ter sido procurada a respeito: "A Polícia CIvil de Minas Gerais ainda não foi acionada acerca dos fatos descritos em sua demanda", destaca o retorno enviado à O TEMPO Sports.
A reportagem também entrou em contato com a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) para confirmar se já havia o registro de algum boletim de ocorrência relativo ao caso.
A assessoria de comunicação da PMMG informou que não havia nenhum Reds (Registro de Evento de Defesa Social) formalizado a respeito.
NÃO É A PRIMEIRA VEZ
Em outros momentos de 'crise' no Cruzeiro, protestos semelhantes também já foram feitos. Quando o clube era gerido por Ronaldo, por exemplo, um boneco alusivo ao Fenômeno foi queimado na região do Mineirão, apontando o ex-jogador como um 'Judas'.
Naquele episódio, também foram pendurados nas grades da área externa do Mineirão cartazes pedindo a saída de dirigentes da SAF Cruzeiro que integravam a equipe de Ronaldo.: Gabrel Lima (então CEO), Pedro Martins (que ocupava o posto de diretor de futebol), Elias Mendes (então coordenador) e Paulo André (que tinha o cargo de diretor de estratégia).