Adversários em campo, Cruzeiro e Atlético deixaram a rivalidade de lado para abraçar uma nobre causa em comum: apoiar a luta pela vida da pequena Júlia Pontes Teixeira Domingues, de quatro anos, diagnosticada em dezembro ado com Lipofuscinose Ceróide Neuronal Tipo 7 (CLN7).
Com menos de 100 casos no mundo, a doença compromete progressivamente as funções motoras, cognitivas, de fala e visão, reduzindo drasticamente a expectativa de vida.
Em função disso, os pais da criança lançaram a campanha “Salve a Julinha”, que pretende arrecadar R$ 18 milhões para que ela possa fazer um tratamento nos Estados Unidos. Em pouco mais de duas semanas, a campanha já arrecadou cerca de R$ 2,3 milhões.
Esses recursos serão reados pela família a uma pesquisa conduzida pela Elpida Therapeutics, em parceria com o Southwestern Medical Center da Universidade do Texas. O tratamento pode estabilizar a doença e impedir sua progressão.
Na última quinta (6), Julinha e seus pais estiveram nos centros de treinamento de Cruzeiro e Atlético. E o apoio dos clubes é visto como fundamental para que a campanha alcance ainda mais doadores.
No dia anterior, Julinha e seus pais também estiveram no Independência, durante o clássico entre América e Cruzeiro. No intervalo da partida (foto abaixo - YouTube América/Divulgação), deram uma volta no gramado e foram aplaudidos pelo público.
Jogadores dos dois clubes também abraçaram a causa e publicaram vídeos de apoio em suas redes sociais.
Como contribuir para a campanha Salve a Julinha
Para contribuir, é possível fazer doações via PIX para a chave [email protected] ou diretamente na conta do Banco do Brasil:
• Titular: Fernanda P. Teixeira
• Agência: 0428-6
• Conta: 57.101-6 - Variação 51
Campanha Raros em Campo
Além da Julinha, dezenas de crianças entrarão em campo no domingo (9), no Mineirão, antes de a bola rolar para o clássico entre Cruzeiro e Atlético, pela sétima rodada do Campeonato Mineiro.
A iniciativa faz parte de um projeto que tem o objetivo de dar visibilidade a jovens com doenças raras.
Doenças raras são aquelas que afetam até 65 pessoas em cada 100 mil indivíduos. Este é o conceito utilizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).