A Seleção Brasileira feminina de vôlei irá estrear na Liga das Nações contra a República Checa, na quarta-feira (4), no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. Em entrevista coletiva, realizada nesta terça-feira (3), o treinador da equipe, Zé Roberto Guimarães, falou sobre a convocação e como irá usar a competição para iniciar o ciclo olímpico rumo a Los Angeles, em 2028.
➡️ Gabi Guimarães fica fora da estreia brasileira na Liga das Nações
Nova geração
A Liga das Nações será o primeiro torneio oficial após os Jogos Olímpicos de Paris 2024. Na convocação, Zé Roberto Guimarães surpreendeu e convocou apenas seis das 12 jogadoras que estavam presentes na França. Em novo ciclo, o treinador falou sobre as novas atletas e destacou que a Seleção nunca teve uma equipe tão alta.
— Na primeira competição, a gente tem a oportunidade de estar observando cada uma delas. O desenvolvimento, como elas vão se sair, a pressão, que no Brasil é muito grande. Mas isso faz parte de um todo, não é sempre. Todos os inícios de ciclos são, dessa maneira, nova geração. Mas eu estou muito otimista em relação à geração. O Brasil nunca teve um time tão alto. Vamos treinar, vamos jogar. Ter experiências internacionais nesse nível, acho que vai ser muito bom — afirmou.
— Novo foram algumas jogadoras. Das jogadoras que atuaram nos Jogos Olímpicos, a gente tem seis. Então é um novo time, um novo processo. E o que a gente precisa sempre é melhorar todos os dias, dar oportunidade a essa geração de jogar mais, de ter as oportunidades de jogar contra as melhores seleções do mundo — completou Zé Roberto.

➡️ Siga o Lance! no WhatsApp e acompanhe em tempo real as principais notícias do esporte
Experiência e menos jogos
Ao encarar as principais seleções, Zé Roberto acredita que as novas jogadores irão adquirir experiência internacional da melhor maneira possível: em quadra. Além disso, elogiou a Federação Internacional de Vôlei ao diminuir a quantidade de torneios no ano, que dará mais descanso para as atletas.
— Porque aqui está o nosso grupo, é um grupo muito difícil. E eu acho que quanto mais elas tiverem essas oportunidades, essas experiências, mais elas vão crescer. Eu acho que durante quatro anos, poder jogar contra as melhores jogadoras do mundo, acho que faz com que elas aprendam, com cada uma delas, a melhorar, a evoluir. Acho que a gente tem que eleger as prioridades do quadriênio olímpico. Primeiro os Jogos Olímpicos, depois os campeonatos mundiais, depois as VNLs e depois os outros campeonatos. Eu acho que a gente a a ver de uma outra maneira — iniciou.
— Além do que a Federação Internacional fez uma coisa boa, foi diminuir o número de campeonatos durante o ano. Esse ano nós vamos ter dois. Isso ajuda a elas terem um descanso maior, a poderem voltar a produzir mais do que antes, que tinham três campeonatos no ano. Então acho que muda alguma coisa, mas a filosofia que a gente vai tentar buscar é a mesma — prosseguiu o treinador.

Principal objetivo
Ao fim, Zé Roberto Guimarães afirmou que o principal objetivo da Seleção nas Olimpíadas e chegar ao pódio, como fez em quatro de cinco edições dos Jogos. Também ressaltou novamente a importância de desenvolver as atletas até 2028.
— Eu acho que o que a gente tem que pensar é nos campeonatos, no dia a dia com a Seleção, fazer essas meninas crescerem, evoluírem, aprenderem cada vez mais, que elas terem essas experiências que eu disse, importantes para o desenvolvimento e crescimento delas. Acho que isso é o que é mais importante nesse ciclo e sempre tentar que o Brasil chegue no pódio. Esse sempre foi o nosso objetivo principal e a gente tem conseguido nos últimos anos, exceto o Rio. O Rio não me trouxe muita sorte. Mas em todas as outras Olimpíadas, seja em 2008, 2012, 2021, 2024... O Brasil esteve no pódio e esse é o nosso grande objetivo — finalizou Zé Roberto.

Jogos da Seleção Brasileira feminina na 1° semana da Liga das Nações
4 de junho, às 17h30 - Brasil x Republica Tcheca
5 de junho, às 21h - Brasil x EUA
7 de junho, às 13h30 - Brasil x Alemanha
8 de junho, às 10h - Brasil x Itália