A Seleção Brasileira de Vôlei Feminino está de cara nova para o ciclo olímpico para Los Angeles 2028, mas o futuro é promissor. Com o mais alto elenco da história no Brasil, a equipe conta com grandes pontuadoras que deram "conta do recado" na estreia da Liga das Nações de Vôlei (VNL) contra a Tchéquia nesta quarta-feira (4). O ataque brasileiro, liderado por Ana Cristina, não é o problema a ser questionado no jogo, mas a defesa pode ter "deixado a desejar" nos momentos de decisão.
➡️ Seleção Brasileira feminina vence Tchéquia em estreia na VNL
Não é possível afirmar que o Brasil começou mal em sua estreia, mas a Tchéquia estava melhor. Enquanto Ana Cristina dominava o ataque, o seu bloqueio não estava funcionando tão bem e fora aproveitado em mais de uma ocasião - tanto furado quanto "espirrado". Essa situação pode não ter atrapalhado a equipe brasileira de pontuar, só que não evitada as adversárias a colar no placar nos dois primeiros sets.
O primeiro bloqueio eficiente da Seleção Brasileira aconteceu no fim do primeiro set, quando Júlia Kudiess acertou o tempo da ponteira tcheca e colocou a bola no chão adversário. A central brasileira, aliás, foi a melhor neste quesito: cinco pontos com seu "monster block".

Apesar de contar com um elenco talentoso, as novas mudanças feitas por Zé Roberto ainda não se adaptaram por completo. Como isso? O jogo de vôlei é ligado 100% pela conexão em equipe, desde um fundamento bem executado para o "lugar certo" até o posicionamento em quadra. Então, por exemplo, caso um o seja dado demais - ou de menos - por uma defensora, a outra precisa se adaptar rapidamente para encaixar corretamente, o que nem sempre é possível.
Líder de pontuação do Brasil, contra a Tchéquia, a ponteira Ana Cristina dividiu a rede com Julia Kudiess pela primeira vez. Além de compartilhar a titularidade da posição com Julia Bergmann, que assume no lugar de Gabi Guimarães para a primeira fase. Como mencionada anteriormente, o ataque pode ser considerado um sucesso, mas há detalhes ainda a ser analisado e melhor, como também destacou Ana.
— Como eu falei, jogo de bola é muita conexão, principalmente o feminino. A gente ainda está buscando isso. Tiveram alguns pontos… Não vou dizer negativo, porque é algo que a gente está construindo. Mas alguns pontos de atenção e a gente vai continuar trabalhando nisso. Eu não acho que foi ruim, mas, sim, a gente tem muito a melhorar. E é isso que a gente vai buscar fazer a partir de agora — analisou a ponteira.
Vale destacar também que, já no terceiro set, alguns ajustes já foram feitos para que a Seleção Brasileira controlasse mais o desempenho das adversárias. A Tchéquia teve sequências positivas, potencializadas por erros de saque do Brasil, mas não foram suficiente para recuperar a última parcial em sua estreia na VNL.
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Próxima etapa do Brasil na VNL
Para seguir na etapa da Liga das Nações de Vôlei, a Seleção Brasileira volta à quadra do Maracanãzinho, às 21h (de Brasília), para enfrentar os Estados Unidos nesta quinta-feira (5). Sem grande torcida ao seu lado, no jogo contra as italianas, a equipe norte-americana precisará lidar novamente com a força da arquibancada no Brasil.
O próximo jogo promete ser mais complicado que o primeiro, já que o Brasil enfrenta o responsável pela eliminação nas semifinais das Olimpíadas de Paris 2024. Apesar da derrota para a Itália, tanto na final na França quanto na estreia da VNL, os Estados Unidos ainda são um time rápido de muito volume. Sem o nervosismo de estreia, a Seleção Brasileira deve chegar mais "centrada" em suas escolhas, e o jogo promete ser um dos mais intensos da Liga das Nações de Vôlei Feminino no Rio de Janeiro.