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Maxwell analisa pontos fortes e fracos de Inter e PSG e não vê favorito em final da Champions
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Ex-jogador de Inter de Milão e PSG, Maxwell fez uma análise dos pontos fortes e fracos dos finalistas da Champions League. Em entrevista exclusiva ao Lance!, o brasileiro também não acredita em favoritismo na decisão de Munique.
Às vésperas da decisão da Champions League, Maxwell exaltou uma qualidade em comum vista na Inter de Milão e no PSG: a coletividade. Enquanto o ex-lateral vê os italianos como uma referência defensiva, os ses incorporaram uma linha mais próxima do Barcelona de Pep Guardiola desde a chegada de Luis Enrique.
- São duas equipes muito bem treinadas. Na minha visão, a Inter tem um sistema tático diferente com três zagueiros. Joga com os dois laterais muito altos, apesar de terem uma função defensiva importante. É uma equipe que defende muito. Eles usam muito essa velocidade de transição nas laterais, com dois jogadores que têm uma força física muito grande. E tem atletas de qualidade, que sabem definir as jogadas. Joga coletivamente um jogo mais defensivo utilizando um pouco a transição nas roubadas de bola. O PSG tem uma construção coletiva diferente. É uma equipe com as características do Luis Enrique, que sai jogando com a bola, uma organização de construção muito grande, jogadores de qualidade. Mas o PSG é um jogo de construção coletiva. Eles sabem ocupar os espaços do campo, cada vez que perdem a bola, a organização facilita nessa pressão de roubada de bola, que é uma obsessão dessa escola do Barcelona de Guardiola e Luis Enrique. Eles têm uma roubada de bola muito rápida, forte e intensa.
Apesar do equilíbrio entre Inter de Milão e PSG, Maxwell apontou alguns aspectos que cada equipe pode explorar para vencer na final da Champions League. O brasileiro acredita que as bolas paradas podem pesar em favor dos italianos, enquanto o um contra um dos ses pode ser um diferencial.
- O PSG pode sofrer em uma bola parada. Esse poder físico da Inter, esse impacto que eles estão acostumados é diferente do Campeonato Francês. Nessa fase de construção, se a Inter aproveitar uma transição ofensiva com a saída de Hakimi ou do Nuno (Mendes), você pode ser pego de surpresa. A construção de jogadas que o PSG tem, explorar esse um contra um, a diferença que eles tem com Dembélé, Doué, com jogadores que tem condições de criar essa superioridade numérica, construção de jogadas através dos meias, que estão em um momento muito bom, e utilizar essa posse de bola que incomoda a Inter. São muitos detalhes. Difícil falar, mas interessante vai ser ver.
Maxwell também não vê um favorito no duelo entre Inter de Milão e PSG, pela final da Champions League. O brasileiro afirmou que o confronto deve ser decidido nos detalhes e vencido por quem explorar melhor os pontos mais vulneráveis do adversário.
- Não tem como falar de favoritismo em um jogo como esse. Por tudo o que eles aram, pelas equipes que eliminaram. Tem pessoas que gostam mais do estilo de jogo de um (time), outras gostam mais do outro. Mas as duas equipes demonstraram ser muito competitivas, muito fortes. Um jogo em que cada detalhe faz diferença e é impossível falar sobre favoritismo. Depende muito da preparação que eles vão ter nesses últimos dias, do estado emocional de cada atleta. O que vai decidir, como sempre nessas finais, são os poucos detalhes. Elas chegaram com muitos méritos e cada uma tem suas qualidades e defeitos que devem ser explorados.

Confira outras respostas de Maxwell sobre a final da Champions entre Inter de Milão e PSG
Preparação para a final
- A nível pessoal, não existe nenhuma diferença de preparação. Quando você chega em uma final dessa, você já demonstrou que ou por um processo de sacrifício no ano inteiro. Treinamentos, viagens, dores, cansaço, distância da família em grande parte do tempo, mas a grande diferença é você se adaptar ao que você tem na frente, no próximo adversário. Vai fazer diferença quem explorar os defeitos dos adversários. Cada jogador já entendeu nessa fase do ano que aquilo tudo que ele fez valeu a pena.
Zebras na final da Champions?
- Não considero zebra. As equipes chegam com muitos méritos. Até porque essa nova Champions tem um formato com muitos jogos, e o sorteio de ambas as equipes não foram fáceis. Eles enfrentaram equipes duras, tiveram problemas para se classificar na primeira fase, principalmente o PSG. Mas batendo as equipes que bateram, ando por cada fase eliminatória e chegando na final, não é possível considerar zebra. Com certeza chegam qualificados para ganhar e fazer um bom jogo.
Torcida na final
- Difícil. Tenho muitos amigos da época da Inter, famílias que me ajudaram muito no processo de mudança do Ajax. E a mesma coisa no PSG, onde ei muitos anos. Fui jogador, fui coordenador técnico. Minha relação com o clube inteiro é fantástica, talvez um pouco mais ligado ao PSG em nível afetivo, mas torço para os amigos de ambos os lados. Espero que seja um jogo bacana. Vou ficar feliz e triste ao mesmo tempo.