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Ex-secretário-geral da CBF aposta em fim da reeleição a presidente da entidade
Walter Feldman acredita que Samir Xaud terá um governo de ‘transição’
Após a eleição de Samir Xaud para a presidência da CBF no último domingo — em uma votação com chapa única e marcada pela ausência de clubes das ligas Libra e LFF, incluindo gigantes como São Paulo, Corinthians e Flamengo —, o futuro da entidade volta ao centro do debate no futebol brasileiro. A eleição ocorre em meio a uma instabilidade institucional, com a destituição de Ednaldo Rodrigues por decisão judicial, pouco menos de dois meses após sua reeleição por aclamação.
Para o ex-secretário-geral da CBF Walter Feldman, que esteve na entidade entre 2015 e 2021, o mandato de Samir Xaud será marcado por mudanças estruturais profundas. Em entrevista à Jovem Pan, Feldman declarou que a gestão atual tende a ser uma fase de transição rumo a um novo modelo de governança.
— Uma delas, acredito, será o fim da reeleição — afirmou Feldman, que completou.
— Eu estou falando em primeira mão aqui, né? [Xaud] Possivelmente não vai se manter [no poder]. Por quê? Primeiro, por causa do fim da reeleição. Mas segundo, que ele é uma eleição de transição para um novo modelo que vai surgir. Não será a mesma coisa daqui a quatro anos. Eu diria que eu sou bem informado — projetou Feldman, apostando no fim da possibilidade de reeleição para o cargo mais alto do futebol brasileiro.
Hoje, segundo o Estatuto da CBF de 2017, que voltou a valer após a queda de Ednaldo, o presidente pode cumprir um mandato de quatro anos e disputar a reeleição apenas uma vez, totalizando até oito anos consecutivos no poder. No entanto, para Feldman, esse limite já não condiz mais com a necessidade de renovação e modernização da entidade.
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Feldman também destacou o papel de Flávio Zveiter, atual vice-presidente da CBF e um dos articuladores do movimento de criação das ligas de clubes.
— E tem um dado importante, que o Flávio Zveiter, que é vice-presidente, é formador de uma das ligas. Ele participou desse processo. Então, eu acho que tem elementos aí que sugerem que, apesar da falta de unidade dos clubes, haverá um estímulo para, eventualmente, caminhar na linha de separação — avaliou.
Segundo ele, mesmo com resistências internas, a mudança é inevitável:
— Mas eu acho que na marra, mas haverá mudança, acho que, de certa forma… Eu acho que a gestão do Xaud será uma gestão de transição para um novo modelo, provavelmente, por incrível que pareça, mais favorável, mais moderno, mais independente dos clubes do que foi até hoje — concluiu.
