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Corinthians: Augusto Melo comete gafe ao falar sobre patrocínio de Bet
Dirigente tratou atividade como 'vício'
Augusto Melo concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira (23), e falou sobre as investigações sobre irregularidades no patrocínio do Corinthians com a Vai de Bet, que durou entre janeiro e junho do ano ado.
O presidente do Corinthians foi indiciado por lavagem de dinheiro, associação criminosa e furto qualificado em inquérito da Polícia Civil que investiga o pagamento de R$ 1,4 milhão para um intermediário durante a parceria entre o clube alvinegro e a casa de apostas.
O valor foi pago a Rede Social Media Design LTDA, de Alex Cassundé, também indiciado no inquérito. A empresa teria reado valores a laranjas que acabaram em contas ligadas ao crime organizado. Ao comentar sobre a relação com o investigado, Augusto Melo tratou a atividade de apostas esportivas como 'vício' e disse que não conhecia a 'Vai de Bet'.
— Em meados de 2022, 2023, o Marcelo veio falar do Cassundé, veio falar de um intermediário, e eu que estava com duas conversas com duas Bets grandes, e eu não conhecia a Vai de Bet, digo com toda humildade, não conhecia mesmo. Eu não jogo, não tenho esse vício, não sei jogar, nunca joguei jogo nenhum, não tenho esse vício, e não conhecia a Vai de Bet — disse o presidente em entrevista coletiva na Neo Química Arena.
O contrato foi rompido em junho do último ano, após a empresa acionar um mecanismo de anti-corrupção. Em julho, o Corinthians ou a ser patrocinado pela casa de apostas Esportes da Sorte, por um valor de R$ 309 milhões fixos, além de aporte financeiro na contratação de astros da equipe, como o goleiro Hugo Souza e o atacante Memphis.
Com autorização do governo federal para operar em todo o país desde janeiro, a empresa defende o “jogo legal” e tenta se desvincular da imagem dos jogos de azar, associados ao vício, principal argumento dos que criticam a legalização da prática no Brasil.

Relembre o caso "Vai de Bet"
O resultado do inquérito, conduzido pelo delegado Tiago Correia, foi divulgado nesta quinta-feira (22) e indiciou Augusto Melo, além do ex-diretor istrativo, Marcelinho Mariano, o ex-superintendente de marketing, Sérgio Moura, e Alex Cassundé, dono da Rede Social Media Design LTDA.
A investigação do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) da Polícia Civil detectou irregularidade no pagamento de R$ 1,4 milhão pelo clube alvinegro ao intermediário Alex Cassundé, dono da Rede Social Media Design LTDA.
A empresa, intermediária na negociação, fez dois rees, nos valores de R$ 580 mil e R$ 462 mil, à Neoway Soluções Integradas, uma empresa laranja no nome de Edna Oliveira dos Santos, moradora do bairro Jardim Caraminguava, em Peruíbe, região pobre do Litoral Sul de São Paulo, conforme noticiado por Juca Kfoury.
A Polícia Civil identificou que a Neoway transferiu R$ 1 milhão para a Wave Intermediações Tecnológicas que, em seguida, fez três transações no valor de R$ 874.150 para a UJ Football Talent. A assessoria esportiva é apontada como uma empresa usada para lavar dinheiro do crime organizado.
No ano ado, a empresa foi mencionada por Antônio Vinicius Gritzbach em investigações do Ministério Público de São Paulo (MPSP) sobre o crime organizado. Conhecido como “delator do PCC”, o empresário foi executado com 29 tiros em novembro de 2024, no aeroporto de Guarulhos. Ele havia firmado um acordo de colaboração com as autoridades após atuar em um esquema de lavagem de dinheiro ligado à facção.