As torcidas organizadas do Corinthians invadiram o Parque São Jorge, sede social do clube, na tarde desta terça-feira (3). A ação durou entre às 17h (de Brasília) e 18h20. Entre as exigências e reclamações estavam a mudança do estatuto, o direito de voto para os membros do Fiel Torcedor e críticas a montagem da diretoria de Osmar Stábile, presidente interino desde o afastamento de Augusto Melo.
É a segunda vez na semana que o Parque São Jorge vira centro de um conflito político. No sábado (31), Augusto Melo, presidente afastado pelo Conselho Deliberativo (CD) após a aprovação do impeachment, entrou na sala de Osmar Stábile na companhia da conselheira Maria Angela de Souza Ocampo, e defendeu que era o dirigente por direito, e que Romeu Tuma Jr. havia sido afastado por decisão da Comissão de Ética. Metaleiro, ex-presidente da Gaviões da Fiel, chegou adentrar o local e a polícia precisou esvaziar o recinto.
Osmar Stábile preferiu dizer que a ação das torcidas organizadas do Corinthians não eram uma invasão e disse que conversou com os líderes. O dirigente se referiu aos membros da invasão como stakeholders, termo usado para se a pessoas envolvidas em decisões de um grupo, ou projetos.
— Não foi a segunda invasão, houve uma invasão no sábado, hoje eles vieram para conversar, colocaram as reivindicações que eles querem e nós estamos aqui para atender todos os stakeholders do Corinthians, inclusive vocês. A gente vai atender de qualquer forma, nós vamos atender, quem quer ser presidente do Corinthians sabem que essas coisas acontecem, e a gente tem que atender — disse o dirigente.
Segurança do Parque São Jorge
O presidente interino desconversou sobre a segurança da sede social. Perguntando se haveria um reforço, Osmar Stábile respondeu que pensa em mais proteção no CT das categorias de Base, distante do Parque São Jorge, para evitar más negociações.
— A segurança nós estamos reforçando no CT da base, para que nenhum empresário entre, porque não podemos aceitar isso. Todas as negociações sobre a base serão no Parque São Jorge, com testemunhas do jurídico — finalizou.
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