A maioria do Conselho Deliberativo do Palmeiras aprovou o afastamento por um ano do conselheiro vitalício Celso Bellini, denunciado por assédio sexual contra menores de idade dentro da sede social do clube. Em sessão realizada nesta segunda-feira (2), a comissão de sindicância apresentou um relatório recomendando a punição. Foram 186 votos a favor e 9 contra.

É a primeira vez que um conselheiro é julgado e punido por uma conduta inadequada contra uma associada do gênero feminino nas dependências da sede social. A denúncia foi feita em setembro do ano ado, e alega que Bellini teria assediado um grupo de cinco meninas e dois meninos em um dos elevadores do local, utilizando falas inadequadas de teor sexual.

Na época, a presidente Leila Pereira afastou preventivamente o conselheiro por 90 dias e instaurou uma sindicância para apurar a denúncia. Desde então, a comissão colheu depoimentos e conduziu uma investigação para apresentar ao órgão. Os dados levantados comprovaram a veracidade do caso.

Palmeiras conhece adversário nas oitavas de final da Libertadores

Fachada Sede Palmeiras
O caso ocorreu em setembro do ano ado, na sede social do Palmeiras, na Zona Oeste de São Paulo (Foto: Fabio Menotti/Palmeiras)

Punições previstas

O artigo 33 do Estatuto Social do Palmeiras prevê punições a sócios que usarem "expressão ou praticar atos, dentro da SEP, que atentem contra o decoro ou produzam dano, abalo ou ofensa moral". Além disso, a instituição também se baseou no artigo 32, que incluem consequências a quem "perturbar o convívio social" e não se "portar corretamente".

Conselheiro vitalício, Celso Bellini também era membro suplente do COF (Conselho de Orientação e Fiscalização). Leila Pereira, que preside o Palmeiras desde 2021, afirma que uma de suas bandeiras é garantir o respeito às mulheres nos ambientes que cercam o clube, dentro e fora do futebol.