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Técnico só quer Neymar em sua melhor versão, e Brasil com variedade de estilos
Carlo Ancelotti atravessou o auditório do hotel Grand Hyatt, na Barra da Tijuca, em meio a um séquito e sob os olhares e câmeras de cerca de três centenas de pessoas. Subiu ao palco e, ladeado pelo diretor executivo da Seleção, Rodrigo Caetano, e pelo presidente da CBF, Samir Xaud, ocupou o centro não apenas da mesa, mas também das atenções do mundo todo que acompanha futebol. Era pontualmente às 15h de 26 de maio de 2025 quando aquela ideia que surgira ainda em dezembro de 2022 se tornava oficialmente realidade: Carlo Ancelotti era, de fato, treinador da Seleção Brasileira.
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Ficava para trás naquele momento as dúvidas e o ceticismo de uns, que consideravam que um técnico daquele quilate jamais aceitaria trabalhar no Brasil, e o ufanismo de outros, para quem "o futebol cinco vezes campeão do mundo não tem nada a aprender com estrangeiros". Tem, e muito. E Ancelotti precisou de poucos minutos para demonstrar isso.
Porque, na lista de 25 nomes que anunciou com respeitável pausa entre um e outro, não constou o de Neymar, escudo de todos os que ocuparam a cadeira antes de Ancelotti; foi sincero sobre a condição de Vini Jr, que ainda não decolou na equipe nacional; e não demonstrou apego a um jeito único de jogar, algo que parecia imperativo na Seleção Brasileira há pelo menos uma década.
— Procurei selecionar os jogadores que estão bem, e o Neymar teve uma lesão há pouco tempo. Todo mundo sabe que é um jogador muito importante, sempre será. Mas atualmente temos muitos jogadores que sofrem lesões e não podem estar na Seleção, como Neymar, Rodrygo, Gabriel, Joelinton, Militão. No caso específico do Neymar, contamos com ele, o Brasil conta com ele. Ele voltou ao Brasil para jogar, para se preparar bem para a Copa do Mundo. Eu falei com ele antes, nesta manhã, para explicar isso. E ele está totalmente de acordo — justificou Ancelotti.
O recado dado pelo novo treinador da Seleção Brasileira é muito simples: Neymar é craque e estará na Seleção Brasileira quando tiver condições físicas para estar em campo por 90 minutos. E jogar 15 minutos diante do CRB ou um tempo contra o Vitória não avaliza isso.
O mesmo vale para Vini Jr., o jogador saído do Flamengo e que se tornou o melhor do mundo muito em função da paciência e da persistência de Carlo Ancelotti no Real Madrid.
— Estou totalmente convencido de que o Vinícius na Seleção vai mostrar sua melhor versão. Como no Real Madrid? Depende. O Real deste ano, não. Mas o do ano ado, sim —, sentenciou Ancelotti. Simples e direto.
Ancelotti quer Seleção com mais de um estilo de jogo
Mas foi a pergunta sobre se a Seleção Brasileira de Carlo Ancelotti será propositiva ou reativa que deu a resposta mais efetiva do porquê o Brasil precisava de um técnico como ele. Disse o italiano em resposta:
— No futebol, não se pode fazer uma única leitura. Tem que ser futebol propositivo em alguns jogos e reativo em outros. Eu não gosto de time que eu treine e tenha uma identidade, porque significa que você só é capaz de fazer uma coisa. Se quer ter sucesso, precisa fazer muitas coisas bem. Propositivo, reativo, pressionar. Existem muitas coisas para ter sucesso.
Começou a Era Ancelotti na Seleção.
