O Mar Cáspio, o maior lago do planeta, enfrenta uma redução alarmante em seu volume de água. A situação, que já preocupa cientistas e governos da região, foi explicada por Dmitry Kirillov, chefe da agência russa Rosvodresursy.
Segundo Kirillov, o principal fator é a mudança climática. Aumento das temperaturas, alteração dos padrões de chuvas e maior taxa de evaporação têm provocado uma queda consistente no nível do Mar Cáspio, que pode chegar a até 18 metros até o fim do século.
Ele também reforçou que o problema não está relacionado ao controle de vazões do rio Volga, principal afluente do Mar Cáspio, mas sim a fenômenos climáticos de larga escala.
O recuo das águas ameaça ecossistemas únicos, como as colônias da foca-do-cáspio e as áreas de reprodução do esturjão, espécie fundamental para a pesca de caviar. Além disso, setores como agricultura, pesca e transporte marítimo podem sofrer prejuízos significativos.
Kirillov defende a cooperação internacional entre os cinco países banhados pelo Mar Cáspio — Rússia, Cazaquistão, Turcomenistão, Irã e Azerbaijão — para mitigar os efeitos da crise e proteger tanto a biodiversidade quanto as populações que dependem do mar.
Estudos apontam que a única solução viável a pela redução global das emissões de gases de efeito estufa, além da adaptação das comunidades locais a um novo cenário climático.
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