Um estudo recente revelou que o desequilíbrio energético da Terra — diferença entre a energia que o planeta absorve e a que devolve ao espaço — está aumentando de forma alarmante, superando as previsões anteriores dos modelos climáticos.

Planeta está retendo mais calor

De acordo com os pesquisadores, o valor atual do desequilíbrio energético global chegou a 1,8 watts por metro quadrado em 2023, quase o dobro do que era esperado para esta década. Isso significa que a Terra está acumulando mais energia do que consegue dispersar, acelerando o aquecimento global.

Por que isso está acontecendo?

Uma das hipóteses é a redução da refletividade da Terra — ou albedo — causada por fatores como o derretimento das calotas polares e a diminuição de aerossóis na atmosfera. Menos superfícies refletoras e menos partículas que bloqueiam a luz do sol significam maior absorção de calor.

O problema da incerteza

Apesar dessas pistas, os cientistas ainda não sabem exatamente por que o desequilíbrio está aumentando tão rapidamente. E o mais preocupante: eles podem estar prestes a perder as ferramentas que permitem entender o fenômeno.

Monitoramento em risco

Atualmente, quatro satélites da missão CERES, da NASA, são responsáveis por medir esse desequilíbrio. Mas a previsão é que sejam substituídos, em 2027, por apenas um novo satélite, da missão Libera. A mudança reduz a redundância e aumenta o risco de falhas na coleta de dados essenciais.

O futuro é incerto

Se esse monitoramento falhar, os cientistas terão mais dificuldade em prever as consequências das mudanças climáticas e em desenvolver estratégias eficazes para enfrentá-las. Mesmo que as emissões de gases do efeito estufa diminuam, o calor já acumulado pode continuar impactando o clima global.

Com informações de Live Science